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A Ruili Airlines irá trabalhar com a Embraer no apoio na definição dos requisitos de desempenho e design para as aeronaves-conceito do “Energia Family”, dois modelos com capacidade para 19-30 assentos e uso de tecnologia de propulsão elétrica a hidrogênio e híbrida elétrica.
A Ruili Airlines, companhia aérea chinesa subsidiária holding do Wuxi Communication Industry Group, assinou um acordo com a Embraer e é a mais nova integrante do Conselho Consultivo do “Energia Family”, projeto que desenvolve aeronaves sustentáveis para o futuro. As empresas trabalharão juntas nos requisitos de sustentabilidade para a próxima geração de aeronaves e no mercado potencial da China.
“Damos as boas-vindas à Ruili Airlines, primeira companhia aérea chinesa a se juntar ao nosso Conselho Consultivo do ‘Energia Family’. A parceria entre a Embraer e a Ruili Airlines é um passo significativo para o projeto”, ressaltou Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial. “Buscamos parceiros em todo o mundo para compartilhar ideias inovadoras e insights operacionais, agregando conhecimentos à missão da aviação sustentável. A perspectiva da Ruili Airlines será de grande valor para o desenvolvimento das aeronaves do ‘Energia Family’”, complementou.
A Ruili Airlines irá trabalhar com a Embraer no apoio na definição dos requisitos de desempenho e design para as aeronaves-conceito do “Energia Family”, dois modelos com capacidade para 19-30 assentos e uso de tecnologia de propulsão elétrica a hidrogênio e híbrida elétrica.
“Estamos entusiasmados em colaborar com a Embraer no projeto ‘Energia Family’. Será uma oportunidade para trabalharmos com um fabricante e influenciar o projeto de aeronaves sustentáveis de próxima geração, acelerando o desenvolvimento da aviação sustentável na China”, disse Ye Yajuan, Presidente da Ruili Airlines. “Na Ruili, estamos comprometidos em abrir novos caminhos e cooperar com a inovação para alcançar os melhores resultados. Como a primeira companhia aérea de Wuxi, planejamos explorar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo rápido crescimento da China Oriental, uma região cada vez mais importante para o desenvolvimento de tecnologia”, acrescentou.
“Será uma oportunidade para trabalhar em conjunto com a Ruili Airlines, explorando formas inovadoras para a transição verde da aviação civil chinesa”, comentou Guo Qing, Diretor-Administrativo e VP de Aviação Comercial da Embraer China. “A sustentabilidade será um fator diferencial para as companhias aéreas no mercado pós-pandemia, à medida que a conscientização e a preocupação ambiental aumentam entre os passageiros. Na Embraer, não estamos apenas garantindo que nossas aeronaves atuais sejam as mais sustentáveis disponíveis hoje; também estamos investindo no futuro ao lado de nossos clientes. A participação da companhia aérea Ruili tem uma importância especial porque a China é a região com maior crescimento potencial no tráfego aéreo”, finalizou.
Embraer e o conceito de “Aviação Verde”
Em novembro de 2021, a Embraer havia anunciado que, a partir daquele momento, passaria a investir na fabricação de aeronaves ecologicamente corretas, uma vez que, na época, o setor de Aviação enfrentava uma pressão cada vez maior para reagir ao aquecimento global.
O anúncio dos novos planos da terceira maior fabricante de aviões do mundo coincidiu com a COP26, encontro no qual entidades de diversos países se reúnem para debater questões relacionadas ao clima mundial – que aconteceu entre os dias 1 e 12 de novembro de 2021, em Glasgow, na Escócia. Na ocasião, o plano foi batizado de “bloco de construção” para alcançar metas da indústria da aviação de emissões líquidas zero até 2050. Vale destacar que, de acordo com informações divulgadas pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), em 2021, o combustível já representava cerca de 21% dos custos das companhias aéreas, uma vez que o preço médio da bomba de querosene estava quase 27% mais caro que nos Estados Unidos.
Diante de todas essas questões, a Embraer apresentou ao mercado quatro conceitos, desenvolvidos atrelando combinações de alcance e tecnologia, para um mercado mais ecológico, o qual, na época, a companhia enxergava um potencial para cerca de 4 mil aviões. Os projetos incluíam a produção de aeronaves utilizando células de combustível e energia de hidrogênio.
“É um segmento em que acreditamos que há muitas oportunidades pela frente”, frisou Arjan Meijer, em entrevista concedida à Reuters.
A pioneira nos Estados Unidos
Antes da Embraer anunciar que adotaria medidas para tornar a aviação brasileira mais ecológica e “verde”, algumas empresas do ramo da Aviação, em outras partes do mundo, já haviam aderido à meta.
É o caso da United Airlines, que, em 2018, se tornou a primeira companhia aérea norte-americana a se comprometer publicamente com a meta de reduzir as emissões de CO². De lá para cá, a empresa adotou um posicionamento de ser 100% verde, pretendendo reduzir as emissões dos gases de efeito estufa por completo até 2050.
E para cumprir tal meta, a United Airlines vem investindo em melhorias de eficiência de combustível – tanto na frota de aeronaves, quanto no restante de suas operações – além de investir em novas tecnologias, como combustível sustentável de aviação.