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D&I ameaçadas nas big techs?

Segundo informações divulgadas por Bloomberg News e Ad Age, as recorrentes demissões em massa no setor de Tecnologia estão afetando os trabalhos de Diversidade e Inclusão nas big techs, que registraram uma queda de 19% nas listas de vagas destes departamentos nos Estados Unidos no ano passado

Divulgação / LinkedIn

“Existem riscos reais. Em alguns casos, as empresas podem até retroceder”, afirmou Monne Williams, sócia da McKinsey & Company, em Atlanta.

Informações divulgadas pelos portais de notícias Bloomberg News e Ad Age mostram que as recorrentes demissões em massa no setor de Tecnologia estão afetando os departamentos de Diversidade e Inclusão das big techs, uma vez que ameaçam as promessas de impulsionamento de grupos sub-representados em suas fileiras e liderança.

No Twitter, por exemplo, de acordo com um ex-funcionário, a equipe de Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I) foi reduzida de 30 pessoas para apenas duas. Um colaborador da área de Diversidade e Inclusão de uma famosa empresa de mobilidade, por sua vez, disse que sua busca por emprego estagnou a medida em que outras companhias de tecnologia passaram a avaliar suas finanças.

Pouco antes das demissões atingirem as big techs durante a virada de 2022 para 2023, dois especialistas em DE&I comentaram que a liderança havia parado totalmente de estabelecer metas de longo prazo para seus departamentos. As listas de cargos tiveram uma queda de 19% no ano passado.

Na Amazon, segundo um porta-voz, as prioridades de DE&I permanecem as mesmas, uma vez que a companhia continua comprometida com seus objetivos. Já a Redfin afirmou que a empresa vem investindo no crescimento de sua equipe de DE&I desde 2021 e que, apesar de uma recente demissão, a equipe está maior do que no início de 2022. A Meta, por sua vez, não quis comentar o assunto.

A Bloomberg News identificou profissionais de DE&I que foram desligados de suas funções nos últimos tempos de empresas como Amazon, Meta, Twitter e Redfin. Muitos disseram que acreditam que suas responsabilidades foram atribuídas a ex-colegas que permaneceram na companhia ou a grupos de recursos de funcionários, porém, que muitas vezes não são remunerados por esse trabalho, resultando em maiores demandas para pessoas que se salvaram dessas crises empresariais.

Existem riscos reais. Em alguns casos, as empresas podem até retroceder”, afirmou Monne Williams, sócia da McKinsey & Company, em Atlanta.