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Encantamento abalado

Após perdas significativas de assinantes do streaming, a Disney anunciou planos de reestruturação, os quais incluem um corte de 7.000 funcionários e uma economia de custos de US$ 5,5 bilhões. Como parte da mudança, o CEO da Walt Disney, Bob Iger (foto), também anunciou a reorganização da empresa em três divisões: Entretenimento, Redes Esportivas e Unidade de Parques Temáticos

Divulgação

“O trabalho que estamos fazendo para remodelar nossa empresa em torno da criatividade, ao mesmo tempo em que reduz as despesas, levará ao crescimento sustentado e à lucratividade de nossos negócios de streaming, nos posicionará melhor para enfrentar futuras disrupções e desafios econômicos globais, e agregará valor para nossos acionistas”, disse Bob Iger, CEO da Walt Disney, em comunicado.

Após apresentar perdas recorrentes e significativas no número de assinantes do seu serviço de streaming, a Disney anunciou planos de reestruturação na maior empresas de entretenimento do mundo, os quais incluem medidas drásticas, como o corte de 7.000 empregos e uma economia de custos de US$ 5,5 bilhões, por meio de menores gastos em programação e US$ 2,5 bilhões em cortes não relacionados a conteúdo.

Como parte da mudança, o CEO da Walt Disney, Bob Iger, também comunicou que a empresa será reestruturada sob três divisões: Entretenimento (que inclui seus principais de negócios de TV e Cinema); Redes Esportivas (ESPN); e Unidade de Parques Temáticos (que inclui Navios de Cruzeiro e Produtos de Consumo).

Conforme explicou Iger, tal reorganização visa melhorar as margens de lucro da companhia e representa sua terceira grande transformação do negócio, após os esforços dedicados no reforço de suas franquias de filmes por meio de aquisições e do desenvolvimento dos negócios online. O CEO, que reassumiu a liderança da empresa em novembro do ano passado depois que seu sucessor Bob Chapek foi demitido, vem sofrendo pressão para melhorar os resultados.

 

O papel do streaming nas demissões da Disney

No primeiro trimestre de 2023, o número de assinantes do streaming Disney+ caiu 1% - para 161,8 milhões – o primeiro declínio desse tipo, em meio a cancelamentos do serviço Hotstar na Índia depois que a Disney perdeu os direitos de transmissão do críquete de lá. As perdas no streaming mais do que dobraram para US$ 1,05 bilhão em relação ao ano anterior, contudo, tal resultado foi melhor do que o que a administração havia previsto há três meses.

O trabalho que estamos fazendo para remodelar nossa empresa em torno da criatividade, ao mesmo tempo em que reduz as despesas, levará ao crescimento sustentado e à lucratividade de nossos negócios de streaming, nos posicionará melhor para enfrentar futuras disrupções e desafios econômicos globais, e agregará valor para nossos acionistas”, disse Iger, em comunicado.

Como uma tentativa de combater as perdas no streaming, o CEO está considerando licenciar mais filmes e séries de TV da Disney para rivais depois de anos mantendo a grande maioria dos títulos exclusivos para suas próprias plataformas.

Os parques da Disney continuam apresentando lucros favoráveis, com a receita nessa divisão aumentando 21% e os lucros subindo 25%.

Contudo, a receita do negócio tradicional de transmissão e TV a cabo da Disney, como a ESPN, caiu 5%, enquanto o lucro operacional caiu 16%, prejudicado pela fraqueza fora dos Estados Unidos.