Manter um bom relacionamento com a imprensa hoje é um procedimento que vai bem além de se ter uma boa oratória e o conhecimento sobre o seu negócio, mas sim, como o seu negócio se relaciona com a sociedade local e global; sua transparência diante de seus stakeholders e a consciência sobre a sua reputação no mercado.
Partindo dessa premissa, o negócio de qualquer empresa é gerar lucro, não estamos falando de filantropia, e não há nenhum mal nisso, porém, é necessário saber sobre o impacto social e ambiental gerado na produção do mesmo para “obter lucro”. Métricas bem estabelecidas e acompanhamento dos negócios: O que de fato a companhia realiza é o que ela diz que está fazendo? Suas produções atendem aos critérios das agendas de Sustentabilidade, ASG ou ESG e ODS?
Essas são questões bases de diretrizes de uma entrevista hoje, ou seja, tratando qualquer assunto e área de interesse da mídia, a mesma irá querer saber, de uma forma ou outra, o quanto a empresa está comprometida e alinhada com uma agenda de Sustentabilidade e, portanto, com o desenvolvimento social e compartilhado em sua comunidade local para o global.
Sendo assim, saber conduzir esses termos dentro de uma boa comunicação será um grande facilitador de exposição salutar da empresa para o mercado. O assunto ainda é “novo” - A Comunicação alinhada as agendas de Sustentabilidade e ASG - porém já nasce com um grau de exigência para a sua compreensão e atuação, tanto no mercado local quanto no global, que exige de nós brasileiros, por vivermos em um imenso País tropical e com tanta diversidade, maior entendimento e “domínio” sobre essa pauta. Aliás, uma importante estratégia de comunicação para unir a organização a seus colaboradores ou a seus stakeholders. Afinal, a comunicação é o principal ativo de uma empresa e deve ser tratada como a melhor estratégia, pois...
“Ninguém gosta daquilo que não conhece” (ditado popular) e isso é uma realidade, principalmente, no meio empresarial...
Aqui, portanto, estamos nos referindo ou tratando de uma comunicação integral, que envolve a fala, a escrita, a postura e até mesmo as suas atitudes, crenças e valores no que se é (a sua porção verdade) e não no que diz ser, pois essa comunicação será fundamental para o fortalecimento ou enfraquecimento de nossa marca (marcas ou pegadas sociais) e de nossa reputação...
“Em todos os aspectos de nossas vidas, estamos sempre nos perguntando: Qual é o meu valor? No entanto, acredito que a dignidade é nosso maior valor”. Oprah Winfrey
Desse modo, uma boa comunicação empresarial é o primeiro passo para muitas conquistas entre a empresa e o mercado local e o global. Porém, para a eficácia e amplitude dessa comunicação é fundamental a compreensão sobre a dimensão desse “poder” em uma sociedade sustentada e compartilhada (muitas vezes bombardeada) por informações online, imediatas. São centenas e milhares de informações por minuto a serem decodificadas (além das separações do joio e do trigo, ou seja, das verdades e mentiras) e ecoadas a toda sociedade com reponsabilidade, discernimento, conhecimento e, principalmente, aliada as agendas e políticas do Ambiental, Social e da Governança - ASG.
Sendo assim...
1- O que falo é o que a empresa pratica?
2- As exigências do mercado chegam até mim?
3- Eu compreendo essas exigências? De que maneira?
4- Como transformo essas exigências e as coloco em prática?
5- Afinal... Como vai a sua comunicação?
Peter Drucker, considerado o pai da gestão, avalia que falhas e ruídos de comunicação são responsáveis por 60% dos problemas corporativos e isso, dentro de uma perspectiva apenas interna da empresa.
Hoje, portanto, diante de uma agenda mundial (ODS e ESG) que exige novos comportamentos das empresas e de seus colaboradores de dentro para fora, nunca foi tão importante a maneira de se expressar, com segurança, objetividade e verdade, diante às câmeras, diante do mundo.
Elementos como o rádio e a televisão ainda são figuras importantíssimas na difusão da comunicação e da informação. A televisão, por exemplo, é responsável, até o presente momento, por ditar comportamento e impor padrões a grande parte da população; já o rádio faz parte do nosso cotidiano, integrando pessoas e tecnologias. Porém, com a entrada de novos protagonistas tecnológicos (da revolução digital ao Metaverso) e uma nova geração de consumidores, o cenário da Comunicação vem se alterando de forma exponencial e assim, aumentando a capacidade de disseminação da informação e introduzindo grandes modificações sociais.
Sendo assim, será que estamos preparados ou estamos nos preparando para acompanhar o ritmo exigido por essas mudanças?
Sem preconceitos, sem intolerâncias, mais abertos as novidades e com o poder de refletir e dialogar com seus pares, desse modo, com certeza, surfaremos nessa onda de evolução e desenvolvimento, com a maestria de um velho marinheiro que conhece o mar. Basta estarmos aberto para, em momentos ensinar, porém, em grande parte do tempo, aprender. Aprender a surfar sobre essa onda, ou “sopa de letrinhas”, que a atualidade nos impõe será imprescindível para caminharmos rumo a evolução, e de modo amplo, de nossas comunicações.
É sempre bom lembrar a etimologia da palavra Comunicação, que tem sua origem no latim “communicare”, tornar comum, que significa trocar opiniões, associar e conferenciar. No contexto jornalístico, Comunicação define, portanto, a capacidade de interação que a produção dos mais diversos produtos midiáticos permite com o homem e, no contexto dessa comunicação frente às agendas de Sustentabilidade, o maior desafio será apresentar, diante dos diversos stakeholders, os nossos compromissos com transparência no ouvir e falar verdades. Afinal, o planeta clama por soluções e elas passam pelos nossos meios de comunicação sustentável.
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