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A velocidade da transformação é brutal, e o que parece ser futuro vira passado num piscar de olhos

Kiki Moretti "acreditamos cada vez mais no papel da comunicação na construção de pontes e no estímulo ao diálogo para a criação de caminhos e soluções que ajudem a atender aos anseios da sociedade, conectando as marcas às pessoas de forma genuína..."

Os números falam por si no Grupo In Press, que tem em sua estrutura as marcas In Press Porter Novelli, FleishmanHillard, Media Guide e Oficina, entre outras: crescimento de 38%, subindo o faturamento de R$ 168 milhões para R$ 232 milhões e um quadro com mais de 660 colaboradores (2/3 de mulheres).

Desde 1988, quando foi fundado, tem sido assim, crescimento sobre crescimento, o que o levou, já há alguns anos, à vice-liderança do mercado. E não se pense que em 2022 será diferente. “Esperamos continuar crescendo este ano no ritmo de dois dígitos, como em 2021”, diz a CEO do grupo, Kiki Moretti. “O cenário econômico e inflacionário é preocupante, mas a complexidade do contexto político e social traz a necessidade de investimentos em reputação”.

Entre os aspectos que impactaram positiva e negativamente os negócios do grupo, Kiki cita: “Em primeiro lugar, o crescimento da importância do PR no mix de comunicação das marcas, o que trouxe outras atividades da comunicação para a nossa coordenação. Destaco também a inovação e a diversificação do nosso portfólio de serviços, em especial os de estratégia de conteúdo – conteúdos proprietários para clientes e marcas, projetos de conteúdo audiovisual e as estratégias de conteúdo via influenciadores e outros modelos de cocriação. Vale mencionar ainda o aumento da procura por projetos de mídia e projetos mais consultivos em diversidade, governança e gestão de crise. Entre os aspectos negativos, destaco a redução de investimentos em comunicação por uma parte das empresas clientes”.

Kiki cita duas das especialidades que ganharam força em 2021 na cesta de negócios do Grupo In Press: “A primeira foram insights, análise e pesquisa. Com cenários cada vez mais complexos para a atuação das empresas, é necessário analisá-los estando municiado de dados para avaliar corretamente e tomar decisões que beneficiem os negócios e preservem a reputação. Outra área que eu destacaria é consultoria e planejamento. Somos conhecidos como uma empresa que traz soluções criativas para os clientes. Para que a criatividade esteja associada à eficácia das campanhas, temos investido em planejamentos mais profundos, associando resultado para o negócio e melhoria da reputação”.

“Diante desse cenário de polarização e radicalização que estamos vivendo”, analisa Kiki, “acreditamos cada vez mais no papel da comunicação na construção de pontes e no estímulo ao diálogo para a criação de caminhos e soluções que ajudem a atender aos anseios da sociedade, conectando as marcas às pessoas de forma genuína. O PR tem hoje um papel relevante nas estratégias das organizações. Cabe a nós enquanto comunicadores ler e entender os cenários (e eles mudam a todo momento) e aconselhar e orientar os clientes no mais alto nível. Fazemos parte do Omnicom Group, uma das maiores holdings globais de comunicação, e temos acesso a conteúdos globais frescos, com diversas fontes de informação e diferentes análises, para nos ajudar a tomar as melhores decisões para o Grupo In Press e para os clientes”.

Ao olhar para o mercado, Kiki considera ser este um momento de consolidações, tanto do ponto de vista da importância estratégica das relações públicas para o negócio das corporações quanto dos players do mercado.

Sobre as tendências presentes na atividade de PR, revela: “Em 2021, vimos alguns movimentos relevantes de fusões e aquisições, criando players mais fortes e com capacidade para entregar soluções mais completas. Outro movimento importante é o das RPTechs − inovação é um vetor importantíssimo para o crescimento do nosso mercado, e estamos atentos e investindo nisso. A velocidade da transformação é brutal, e o que parece ser futuro vira passado em um piscar de olhos. Do ponto de vista dos talentos, acreditamos que as agências têm um papel fundamental na formação de novos perfis de profissionais, que acompanhem a evolução dos nossos serviços. Nesse sentido, precisamos ter cuidado para que movimentos de precarização do trabalho, que vemos em outros setores, não progridam no nosso”.