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Inteligência Artificial e a privacidade no mundo digital

Em entrevista ao Comunicação S/A, da Rádio/TV Mega Brasil Online, Enio Moraes, Chief Information Officer da Semantix, fala sobre as questões éticas relacionadas aos sistemas de inteligência artificial. O executivo abordou temas como transparência e responsabilidades, privacidade, geração de novos empregos e segurança.

Enio Moraes, Chief Information Officer da Semantix foi entrevistado no programa Comunicação S/A.

Uma das preocupações éticas mais significativas relacionadas à Inteligência Artificial (IA) é o viés atribuído aos algoritmos. Os sistemas de IA são tão imparciais quanto os dados neles inseridos e, neste sentido, questões como Transparência e Responsabilidades, Privacidade, e Segurança cada vez mais devem ser levadas em conta quando se pensa em Inteligência Artificial. A IA já está no mercado e em nosso cotidiano há muito tempo, a diferença é que agora essa tecnologia foi facilitada e disponibilizada ao usuário comum. Isso é o que diz Enio Moraes, Chief Information Officer da Semantix, empresa dedicada à produção de softwares com Inteligência Artificial embarcada. “De repente, o usuário começou a mexer com isso [IA], ter acesso a algo que para ele sempre foi complexo, uma coisa de empresa grande, uma coisa que só pessoas que sabiam muito poderiam usar. O que hoje nós estamos vendo é um primeiro passo para facilitar a acessibilidade dessa tecnologia”.

Em relação ao ChatGPT, Enio acredita que futuramente as informações produzidas pelo sistema terão diretrizes a fim de proteger dados de terceiros. “Se você expõe seus dados numa rede social, você já está dizendo que aquela informação pode ser consumida, até mesmo informações que não foram você que colocou podem ser utilizadas. Eu vejo que a regulação em torno disso deve vir, principalmente, sobre como essas informações são utilizadas, com qual finalidade elas serão utilizadas.

De acordo com o executivo esta ação deve estar em observância aos princípios já estabelecidos por lei. “Se tiverem produtos ou ações de Inteligência Artificial que firam princípios humanos, já são estabelecidos e defendidos por lei, é o ponto que deve ser autuado e devidamente regulado. Mas não vejo a tecnologia em si sendo regulada”, diz. “A tecnologia é um meio. Se alguém faz uso indevido ou produz uma IA que está ferindo regras de dados pessoais, ao meu ver, deve sofre a aplicação da lei geral de proteção de dados”, completou.

De todo modo, a privacidade de dados é, ainda, segundo Enio Moraes, um ponto sensível na construção de sistemas, não só os baseados em IA, e há a necessidade de maior clareza na elaboração dos seus termos de uso. “Os provedores de softwares, de sistemas, e as empresas vão precisar fazer isso de uma maneira mais clara de modo que o usuário saiba o que ele está fazendo e como seus dados serão disponibilizados. Com o advento da IA essa transparência vai ter que vir na concepção. Vamos ter que criar mecanismos para que o desenvolvimento seja de uma maneira segura, privada e respeitando as melhores práticas de proteção de dados e segurança da informação”, disse.

Em relação ao tema, de acordo com Morales, o Brasil é um dos destaques da América Latina na produção de Inteligência Artificial. “Apesar da defasagem em relação a alguns países da Europa, Ásia e América do Norte, o País mostra grande potencial para desenvolver e utilizar Inteligência Artificial. Eu entendo que essa tecnologia, chegando ao pequeno e médio empresário e sendo algo acessível, tende a fomentar o mercado e comece a ser mais consumida e demandada”, concluiu o executivo.

Enio Moraes, Chief Information Officer da Semantix foi entrevistado no programa Comunicação S/A. Para acessar o conteúdo completo clique aqui para e ouça a íntegra do podcast. Ou clique aqui para assistir a entrevista no YouTube. Disponível, também, no Spotify.