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O valor do pensamento integrado para a comunicação ESG

O Boletim Sustentabilidade report faz sua estreia no JCC com um artigo assinado pelo jornalista, Guto Lobato, sócio e Consultor de Conteúdo do Grupo report

Guto Lobato, Consultor de Conteúdo do Grupo report

As práticas de comunicação da sustentabilidade têm demonstrado potencial de mudar para melhor o mundo corporativo. De um lado é comum ouvir que a pressão para falar mais – e com propriedade – sobre assuntos dessa natureza levou as empresas a amadurecer sua cultura de transparência e seu engajamento em pautas da humanidade. De outro lado, há uma transformação profunda que ganhou tração e influência nos níveis executivos: a incorporação do pensamento integrado. E é ele que parece provar os benefícios da comunicação ESG para concretizar planos de negócios e torná-los coerentes com nosso tempo.

Para quem trabalha na produção de relatórios empresariais, os últimos 15 anos trouxeram uma avalanche de novidades, com normas, diretrizes e metodologias. O momento do Relato Integrado (IR), hoje liderado globalmente pela IFRS Fundation (a mesma das normas contáveis internacionais), foi um dos primeiros a reacender o debate sobre a integração como premissa que cai desde decisões estratégicas até rotinas de interação entre empresas e sociedade.

O conceito de pensamento integrado pertence ao rol de ideias que nunca deveriam ter saído de moda. Conforme descrito na Estrutura Internacional (IR), é uma “consideração ativa” da organização quanto às conexões “entre suas diversas unidades operacionais e funcionais”. Por isso mesmo, “leva à tomada de decisão integrada e ações que levam em conta a geração de valor em curto, médio e longo prazo”.

Trata-se, em resumo, de um habilitador para que empresas entendam os capitais (financeiro, social, humano, natural, etc.) do quais dependem para existir, enxerguem as relações e trocas entre eles, notem o impacto de suas atividades e avaliem as relações entre a parte e o todo. O resultado disso? Decisões menos apressadas; olhar menos imediatista; atenção às questões não financeiras que afetam o desempenho econômica; e, claro, perenidade.

A visão sistêmica ajuda a explicar, mas também a construir os resultados de um negócio resiliente – e gera inúmeras oportunidade na comunicação sobre temas ESG. Conscientes do que fazem e de quais impactos geram as corporações avançam em prestação de contas e precisam de suporte especializado. Com isso, n[os, profissionais deste mercado, ganhamos uma missão: converter processos de relato em consultorias de comunicação e pensamento integrados, reafirmando a cliente e parceiros como transparência e bons relacionamentos são indutores, e não obstáculos, para a criação de valor financeiro e não financeiro.

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