Aumentar produtividade, reduzir custos e manter a qualidade dos serviços ofertados. Esses são os desafios mais batidos no mundo corporativo (basta ler na mídia qualquer caso de sucesso de absolutamente todos os setores para constatar sobre a que me refiro). Isso é o que toda empresa quer, porém, não existe mágica para que isso aconteça. É preciso investimentos em tecnologia, visão inovadora e, principalmente, talentos.
Esses últimos talvez sejam o pilar mais importante de toda a saga rumo às metas, afinal, sem o potencial humano a tecnologia não pode ser aproveitada em seu máximo, e todos os investimentos realizados só podem proporcionar retorno se houver estratégia. Sendo assim, é preciso enxergar as pessoas como essenciais e entender que existe uma responsabilidade por parte das empresas em dar seu melhor também.
O que eu quero dizer com isso?
As organizações possuem a responsabilidade de proporcionar o melhor ambiente possível para seus colaboradores, priorizando seu bem-estar físico e mental. Tudo o que diz respeito à felicidade do colaborador deve ser colocado em pauta - desde uma jornada justa de trabalho, remunerações satisfatórias e uma boa política para desenvolvimento profissional até a liberdade de se expressar e o respeito às opiniões divergentes.
Até pouco tempo, a responsabilidade das empresas era de pagar o salário na data acordada e proporcionar os benefícios que os sindicatos obrigam, olhando o mercado de forma geral. Mas durante e, principalmente, após a pandemia, o cenário mudou.
As pessoas passaram a cobrar das empresas um ambiente de trabalho saudável, o que na prática significa ir muito além do que um salário em dia. Elas desejam atuar em um ambiente seguro para as minorias, com uma liderança preocupada em coibir todos os tipos de assédios e que respeita as necessidades individuais. Elas querem estar em lugares onde os colaboradores se sintam bem e possam estar, sem nenhuma ressalva.
Segundo o dicionário, felicidade é um sentimento de bem-estar e contentamento. Os filósofos associam a felicidade com o prazer, com os sentimentos e emoções. Aristóteles, por exemplo, dizia que a felicidade seria o equilíbrio e harmonia, e a prática do bem.
Nesse contexto, podemos dizer que um bom ambiente de trabalho é aquele em que o colaborador pode ser ele mesmo. Um lugar onde as empresas honrem com os seus compromissos e gerem um ambiente seguro para os seus colaboradores poderem entregar o seu melhor. E para alcançar esse tipo de ambiente, é necessário planejar em cima da realidade de cada empresa.
Não existe uma fórmula de bolo. É preciso entender a fundo qual a realidade dos seus colaboradores (de preferência compreendendo suas individualidades) e também o momento da própria empresa.
Um exemplo de política que leva esses pontos em consideração é o home office. Para aqueles que moram longe do trabalho e chegam a perder duas, três ou até quatro horas por dia no trânsito, ele faz muita diferença inclusive na vida pessoal. Dependendo do caso, perde-se um talento simplesmente por não compreender essa realidade.
Para finalizar, lembro que sair da teoria é fundamental para melhorar o clima organizacional. O time precisa ter certeza de que existem ações com foco em seu bem-estar e que elas de fato trazem felicidade. A felicidade dos colaboradores deve estar diretamente relacionada ao propósito e valores da empresa. Quando isso acontece, os frutos naturalmente virão.
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