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A 25ª edição do Prêmio Internacional L'Oréal-UNESCO For Women In Science homenageou três cientistas refugiadas
Em junho, Paris foi palco da 25ª cerimônia do Prêmio Internacional L’Oréal-UNESCO For Women In Science, que homenageou cinco mulheres cientistas por seu notável trabalho na contribuição com a Ciência e a Tecnologia. Na edição deste ano, a Fundação L’Oréal e a UNESCO também concederam uma medalha de honra e uma recompensa financeira a três pesquisadoras refugiadas, cuja coragem, resiliência e compromisso com a Ciência são exemplares.
Com a finalidade de engajar e capacitar mulheres a desenvolver todo o seu potencial e ter um impacto positivo na sociedade, a Fundação L’Oréal e a UNESCO também decidiram, neste ano, reconhecer estudiosas que foram obrigadas a fugir de seus países de origem para sobreviver. São elas: Dra. Mursal Dawodi (Afeganistão), Dra. Ann Al Sawoor (Iraque) e Dra. Marycelin Baba (Nigéria).
As três pesquisadoras precisaram interromper suas carreiras científicas em seus países, tendo que prosseguir com seus estudos, pelo menos parcialmente, em instituições de ensino superior, pesquisa ou cultura no exterior.
Como beneficiárias do “Program d’Accueil d’Urgence des Scientifiques en Exil (PAUSE)” – ou “Fundo de Resgate Acadêmico do Instituto de Educação Internacional” – o trio foi escolhido por Audrey Azoulay, Diretora Geral da UNESCO, e Jean-Paul Agon, Presidente da Fundação L’Oréal, tendo como base avaliações e recomendações feitas pelas duas organizações sem fins lucrativos.
“Nigerianos, afegãos, iraquianos, cada um deles teve que fugir de seu país para sobreviver, estudar e cumprir sua vocação: servir à Ciência. Prestar homenagem à essas mulheres cientistas e saudar sua resiliência é crucial. Como uma das missões da Fundação é lutar contra todos os obstáculos que se colocam no caminho das mulheres cientistas, a Fundação L’Oréal quis – pela primeira vez – apoiar o talento científico feminino no exílio e ajudá-las a prosseguir com suas pesquisas”, diz Alexandra Palt, CEO da Fundação L’Oréal.
“Hoje, mais do que nunca, é fundamental garantir ambientes propícios e seguros para todas as mulheres cientistas. Este tributo especial se soma ao trabalho contínuo da Academia Mundial de Ciências da UNESCO para o avanço da ciência nos países em desenvolvimento, que tem apoiado cientistas em situação de risco, deslocados e refugiados, bem como as organizações que os fornecem. Esses esforços são essenciais para mitigar as lutas que essas cientistas enfrentam e garantem que elas sejam capazes de prosseguir com suas pesquisas e treinamento. Sua experiência, com o tempo, será fundamental para a reconstrução de seus países de origem”, complementa Xing Qu, Vice-Diretora Geral da UNESCO.