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Comparado ao ranking de 2021, tanto Itaú quanto Danone subiram sete posições. Já a Nestlé subiu quatro, seguida pelo Google (que cresceu três posições) e a Unilever (que subiu duas). Vale ressaltar que Nestlé e Danone não estavam entre as 10 primeiras em 2021.
Recentemente, foram divulgados os resultados da 9ª edição do “Ranking Merco Responsabilidade ESG Brasil”, que apresenta as 100 melhores empresas nesse sentido. Nesta edição, apurada entre julho e dezembro de 2022, Natura, Itaú Unibanco, Ambev, Google, Grupo Boticário, Magazine Luiza, Bradesco, Unilever, Nestlé e Danone figuram no top 10 das empresas mais responsáveis em ESG do Brasil.
Comparado ao ranking de 2021, tanto Itaú quanto Danone subiram sete posições. Já a Nestlé subiu quatro, seguida pelo Google (que cresceu três posições) e a Unilever (que subiu duas). Vale ressaltar que Nestlé e Danone não estavam entre as 10 primeiras em 2021.
Segundo Victor Olszenski, Diretor da Merco Brasil, o ranking mostra esforços constantes por parte das empresas na busca por melhorar suas atuações nos eixos ESG. Contudo, é preciso ressaltar que a sociedade também tem papel nisso, uma vez que vem exigindo e cobrando mais desses esforços pelas empresas. “Ou seja, as empresas avançam, mas a sociedade quer maior velocidade nesses avanços”, frisa.
Empresas brasileiras representam metade do top 10 e correspondem a 43% das 100 melhores do ranking. Além disso, das 15 companhias presentes no ranking de 2022, seis são brasileiras: Eurofarma (54ª), Aché (58ª), Aurora Alimentos (63ª), Camil (72ª), Riachuelo (74ª) e Cemig (100ª).
Para Olszenski, a presença expressiva de empresas brasileiras no ranking reflete o ganho de excelência e o esforço delas em ganhar competitividade e reconhecimento não apenas no Brasil, como trabalhar em nível de igualdade de condições com as multinacionais.
A pesquisa de campo também incorporou uma análise detalhada dos públicos em cada uma das três áreas de impacto – Environmental (E), Social (S) e Governance (G) – o que gerou outros três rankings diferentes. Olszenski explica que a separação por pilares da sigla começou no ano passado, mas que, neste ano, as análises se tornam mais profundas e detalhadas em cada eixo, fazendo com que os resultados se tornem mais expressivos e a possibilidade de tomada de decisões das empresas seja ampliada.
No pilar de “Environmental”, as cinco melhores empresas foram: Natura, Grupo Boticário, Ambev, Itaú Unibanco e Danone. No pilar de “Social”, destaque para: Natura, Magazine Luiza, Bradesco, Google e Itaú Unibanco. Por fim, no pilar de “Governance”, figuraram: Natura, Itaú Unibanco, Ambev, Google e Magazine Luiza.
Metodologia
A metodologia de análise englobou 14 diferentes fontes de informação, consolidadas em 3.874 entrevistas. O processo parte de entrevista com membros da alta direção das empresas com faturamento superior a R$ 200 milhões por ano no Brasil, que apontam as 10 companhias de melhor Responsabilidade ESG.
A partir dessa primeira listagem, são feitas entrevistas com diversos outros grupos, incluindo especialistas em responsabilidade social corporativa, analistas financeiros, ONGs, sindicatos, associações de consumidores, jornalistas de informação econômica, representantes do Governo e gestores de mídias sociais.
Pesquisa Merco Sociedade
Desde o ano passado, o ranking também conta com a pesquisa “Merco Sociedade”. O indicador mede a reputação da perspectiva cidadã, que integra o “ser ético” com o “fazer responsável”, enfatizando a legitimidade social, a licença social e a plausibilidade social. Também são consideradas as avaliações de “Merco Digital”, ou seja, a “conversação” gerada nos meios digitais, influenciadores e usuários, além dos indicadores objetivos respondidos pelas próprias empresas.
“A pesquisa junto à sociedade avalia 12 dimensões sobre reputação e o comportamento das empresas em relação ao meio ambiente, à responsabilidade social e à governança corporativa”, explica Olszenski.
O executivo ressalta, ainda, que a pesquisa abre um olhar sobre as empresas que outras pesquisas não mostram, mas que são importantes para a decisão sobre a compra ou não de um produto, ou sobre a consideração sobre marcas o seu comportamento em âmbitos mais abrangentes. “Como resultado, as empresas têm um balizador seguro para atuar estrategicamente junto a esse público”, finaliza.