Uma questão que tem ganhado cada vez mais destaque no mundo dos negócios é sobre a importância da diversidade de gênero em cargos de liderança. A presença de mulheres como CEOs e Diretoras, tem comprovado que essa ação traz inúmeros benefícios para as empresas e, consequentemente, para a sociedade. Lembrando que, hoje, o mundo corporativo é pautado pelas métricas ESG, logo, pensar e repensar sobre diversidade e inclusão se tornou uma atitude de sobrevivência das organizações.
Portanto, encontros, diálogos e revelações de pesquisas têm sido cada vez mais comuns na busca do desenvolvimento e posições de destaques e de direito envolvendo gênero e etnia. Mesmo ainda que longe de alcançarmos os patamares desejados, e lutando para que muitas iniciativas não se tornem cortinas de fumaça, as mulheres vão ganhando seus espaços de direito e, o principal, mudando a cultura. Afinal, ainda temos muitos ranços culturais que não serão eliminados nesta geração, pois eles foram, diariamente, e por longos anos, trabalhados em nossa educação.
Buscando, portanto, atuar sobre o tema e revelar por que a diversidade de gênero é tão importante para o sucesso de uma organização, grupos de mulheres, empresárias, CEOs e lideranças femininas representativas de vários setores vêm se reunindo com objetivo e foco no desenvolvimento e entrada de mais mulheres nos cargos de direção. Para isso, portanto, os estudos e pesquisas que se apresentam sobre o universo feminino são de extrema importância.
Um desses encontros, o Global Council Sustainbility & Marketing -GCSM Mulher, que ocorreu no início de agosto último, revelou que o número de mulheres em cargos de liderança em empresas brasileiras médias cresceu apenas um ponto percentual em um ano, passando de 38%em 2022 para 39% em 2023, segundo a pesquisa “Women in Business”, da Grant Thornton.
A pesquisa foi realizada pelo 19º ano consecutivo e ouviu cerca de 5 mil executivos em 28 países. Aqui no Brasil o relatório foi apresentado e debatido no encontro GCSM Mulher, através de painéis temáticos que abordaram na prática os dados exibidos: “Infraestrutura e tecnologia”, por Carol Silvestre, Global Head de Comunicação da VTEX, e Isadora Chansky Cohen, sócia-fundadora da ICO Consultoria e CEO da Infra Women Brazil (IWB); “Gestão e Varejo”, apresentado por Daniela Lacerda, CEO do Grupo Corujão de Supermercados, e Viviane Mansi, Diretora de ESG e Comunicação da Toyota do Brasil para a América Latina.
Para Tathiana Hardt Souto Turbian, Presidente do GCSM Mulher, esse encontro é um passo importante rumo a um mundo empresarial mais inclusivo e um futuro próspero e igualitário por meio de discussões que possam fortalecer as melhores práticas empresariais de gestão, comunicação, empreendedorismo e inovação, nacional e internacional.
A nossa responsabilidade fica ainda maior quando nos debruçamos frente à dura realidade exposta em documento publicado este ano pelo “Fórum Econômico Mundial”, que demonstra que as mulheres só conseguirão atingir a igualdade de gênero com os homens, aproximadamente, daqui a 130 anos, o que a pandemia da Covid-19 já havia atrasado em uma geração.
Portanto, precisamos agilizar, e muito, todos os nossos diálogos e ações sustentáveis!
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