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Especial Semana da Mulher - Protagonismo em Marketing

Marketing é a segunda área com mais mulheres em cargos de diretoria. Dados são da Talenses em parceria com o Insper, que investigou a presença das mulheres na liderança das empresas

Nilton Russo

Na imagem, da esquerda para a direita: Daiane Nunes Freire é Coordenadora de Marketing do McDonald's Paraná; e Talita Dallmann é gerente de marketing do Shopping São José

Muito se fala sobre a desigualdade dos gêneros no mercado de trabalho, como a diferença salarial, a alta participação masculina em cargos decisivos e a dupla jornada trabalhista para as mulheres. Apesar da disparidade, é possível afirmar que esse cenário tem se tornado mais igualitário em alguns setores. De acordo com a pesquisa Panorama Mulher 2019, divulgada pela Talenses em parceria com o Insper, a área de Recursos Humanos é a que mais possui diretoria feminina (23%), seguida por Marketing (14%), Finanças (14%) e Jurídico (11%). O estudo questionou 532 empresas sobre a atuação e a empregabilidade das mulheres em cada setor.

Daiane Nunes Freire, Talita Dallmann e Juliane Kosiak Poitevin são exemplos de mulheres que comandam o Marketing do McDonald’s (Paraná), do Shopping São José e do Hospital Santa Cruz e Paraná Clínicas, respectivamente. Além da responsabilidade de coordenar equipes internas, as profissionais também precisam ter um bom relacionamento interpessoal com diretores de outros setores e alinhar equipes externas às expectativas das empresas.

A paulista Daiane tem 32 anos de idade e há 16, exatamente metade de sua vida, está no McDonald’s. Entrou na rede com 16 anos para atuar como Atendente e decidiu solidificar sua carreira na empresa que não poupou oportunidades. Assim, Daiane passou por diversas áreas até chegar ao posto que ocupa hoje, como Coordenadora de Trade Marketing do Paraná e de Santa Catarina. Ela salienta a importância de estar à frente de um setor mesmo diante de um mundo corporativista majoritariamente masculino. “É extremamente relevante que nós, mulheres, ocupemos cargos e espaços importantes dentro de uma empresa, afinal, é dessa forma que conseguiremos igualdade tanto em reconhecimento quanto em remuneração”, ressalta.

Talita iniciou sua carreira ingressando em 2007 no mercado de trabalho como jornalista, mas logo, em 2009, encontrou na área de Marketing sua profissão e paixão pelo trabalho. Ela, que gerencia atualmente uma equipe de 12 pessoas e também é mãe, destaca o equilíbrio que deve ser necessário entre a dupla jornada. “Além de toda a programação do trabalho, sou mãe quando chego em casa e também tenho muitos afazeres. É crucial ser responsável em ambas as atividades e, mais que isso, dividir as tarefas com o companheiro, tendo tempo, desta forma, de organizar as funções para obter o melhor desempenho em todos os cenários”, diz.

Juliane Poitevin destaca a representatividade das mulheres nos cargos de liderança. “Independentemente do setor que se lidera, vejo a importância de mostrar a outras mulheres que é possível estar à frente de uma equipe e conquistar seus objetivos de carreira. Enxergar que outras profissionais conseguiram um papel de destaque é representativo e encorajador”, evidencia.

 

Dia da Mulher com empoderamento feminino

O Dia Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março, data em que o papel feminino é reforçado e a sociedade pode refletir sobre as forças e fraquezas que permeiam as mais diversas esferas em que as mulheres estão inseridas. Nesse dia, também, muitas ativistas enfatizam que a data é para que as mulheres sejam ouvidas e ocupem os cenários sociais tanto quanto os homens, independente da profissão, gênero, idade, raça e preferências individuais, algo que pode ser diretamente aplicado ao ambiente trabalhista.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirma que a participação feminina no mercado de trabalho está diretamente ligada ao crescimento econômico. De acordo com a entidade, se a diferença de gênero nesse âmbito reduzir em 25% até 2025, o PIB global pode aumentar em 3,9%. Mais que isso, se a participação feminina no Brasil crescesse 5,5 pontos percentuais, o mercado nacional contaria com mais de 5 milhões de mulheres como mão de obra e cerca de 130 bilhões de reais seriam injetados na economia até o prazo estipulado pela OIT.