Estudo coloca o país em último lugar no ranking com 26 nações sobre desigualdade de gênero no âmbito profissional
No Brasil, apenas uma em cada quatro pessoas (25%) acredita que homens e mulheres são tratados de modo igualitário no mercado de trabalho. Esse é o resultado da pesquisa “Global attitudes to gender equality”, realizada pela Ipsos e pelo Global Institute for Women’s Leadership, do King’s College London, para o Dia Internacional da Mulher. O estudo coloca o país em último lugar no ranking que engloba 26 nações e aborda a percepção dos entrevistados sobre desigualdade de gênero no âmbito profissional.
A maioria das pessoas ouvidas em todo o mundo (56%) entende que os dois gêneros não são vistos da mesma maneira nos locais de trabalho de seus países. A nação com a percepção mais positiva sobre o tratamento igualitário entre homens e mulheres é a Malásia, onde 68% dos entrevistados localmente afirmaram que há equidade no ambiente profissional. China (60%), Índia (54%), Rússia (50%) e Peru (48%) fecham o top 5.
Quando perguntados se seus países já fizeram o suficiente para garantir que os direitos de homens e mulheres sejam iguais, os entrevistados brasileiros colocaram – novamente – a nação sul-americana na ponta do ranking. 66% dos ouvidos localmente creem que as ações já tomadas no Brasil não são o bastante. A média global de descontentamento é de 47%.
A pesquisa ainda constatou que a maioria das pessoas (68%) em todo o globo reconhece que os homens devem ser parte ativa na luta para dar às mulheres os mesmos direitos garantidos ao gênero masculino. O porcentual de entendimento brasileiro é o mesmo.
Para 58% de todos os entrevistados no mundo, um caminho para seu país atingir a igualdade de gênero é colocar mais mulheres em cargos de liderança no governo e nas empresas. O Brasil está ligeiramente acima da média global, com 59% afirmando que esta é uma medida necessária. O estudo on-line ouviu 20.024 pessoas de 26 países, com idades entre 16 e 74 anos, entre 24 de janeiro e 7 de fevereiro de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p.