Carlos Carvalho: setor precisa mostrar suas habilidades e competências
Há motivos para crer que 2016 será um ano excepcional para a comunicação corporativa. Para o bem e para o mal. É bem provável que este ano termine com números negativos no faturamento e na empregabilidade do setor. A crise bateu forte em todos os mercados. E até a comunicação corporativa, que pelo menos há duas décadas ostenta números impressionantes de crescimento, deve ter seu primeiro ano com indicadores no vermelho.
Por outro lado, temos grandes expectativas para a retomada do crescimento em grande estilo. Isso porque a comunicação está no centro da pauta da sociedade. No campo governamental, é unânime o diagnóstico de que um dos problemas centrais de várias gestões é o da comunicação. Editorial recente em O Estado de São Paulo apontou falhas de comunicação no Governo Federal. A eleição municipal de São Paulo foi debatida a partir da dificuldade que o atual prefeito, Fernando Haddad, teve em se comunicar com a sociedade, em contraponto com a facilidade de comunicação do prefeito eleito João Doria Junior, este um comunicador de fato, que conseguiu impressionante arrancada eleitoral. O grande, e necessário debate, é sobre a qualidade do investimento em comunicação. A Abracom crê que pode dar uma importante contribuição para esse tema, indicando a lista de produtos e serviços de comunicação corporativa, que você pode conhecer aqui. Trata-se de uma cesta de produtos que podem ajudar governos a promover o dever constitucional de se comunicar com a sociedade através do diálogo. As ferramentas da comunicação corporativa e o uso das plataformas digitais para circulação de conteúdo são instrumentos adequados para o conceito de comunicação como prestação de contas dos atos da administração pública.
No setor privado, grandes escândalos corporativos colocaram empresas, marcas e, sobretudo, reputações sob constante ameaça. Ninguém está imune a crises. Por isso, as organizações estão sendo impelidas, até mesmo por instrumentos legais, a adotar programas de transparência de sua gestão. Em suma, as empresas não podem mais ficar restritas a esforços de venda de seus produtos e serviços. Precisam mostrar para seus públicos estratégicos que adotam práticas anticorrupção, que orientam seus funcionários e fornecedores a obedecer à legislação e que dialogam com agentes governamentais de forma lícita e dentro dos limites institucionais. Na era da transparência, a comunicação baseada em relacionamento com stakeholders tornou-se mais do que uma necessidade. É uma questão de sobrevivência.
O cenário para o futuro próximo é positivo. Mas é preciso que os profissionais e as empresas de comunicação corporativa sejam mais efetivos na divulgação de seus trabalhos. O setor deve mostrar habilidades e competências para entregar aos clientes públicos e privados soluções estratégicas de relacionamento. Por isso, é fundamental identificar e divulgar os grandes feitos diários da comunicação corporativa. Participar de mais premiações, embalar de forma atraente os melhores cases das agências, mostrar quem são os profissionais que estão por trás de estratégias vencedoras, indicando ao mercado que por trás de grandes casos de gerenciamento de crise, experiências bem sucedidas de relacionamento nas plataformas digitais, viralizações de conteúdos relevantes para o consumidor, ações de mobilização social em campanhas de interesse público, entre muitos outros exemplos, existe a comunicação corporativa.
Chegou a hora de sair da toca!
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