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Renata Castellini, Coordenadora Técnica e Instrutora do Curso de Relato Integrado no Grupo report
A pergunta “por onde devo começar?” é comum entre as corporações que desejam iniciar um processo de comunicação transparente e claro sobre suas ações em Sustentabilidade. Afinal, Sustentabilidade é um tema complexo e, cada vez mais, o cenário se enche de normas, padrões, diretrizes e siglas que podem causar confusão. Ainda assim, a resposta para a pergunta inicial pode ser surpreendentemente simples: comece pelo básico e busque não complicar demais.
Incorporar práticas sustentáveis é uma iniciativa essencial nos dias de hoje, não apenas pela pressão crescente da sociedade, investidores e regulamentações, mas também pelos benefícios tangíveis que adotar essa estratégia pode trazer. A criação de uma cultura de Sustentabilidade, por meio de treinamentos, conscientização e incentivo à inovação é vital para o sucesso das corporações a longo prazo.
Sendo assim, a elaboração de um bom relatório de Sustentabilidade é um excelente ponto de partida, visto que essa é uma ferramenta de comunicação altamente eficiente, capaz de alcançar diferentes públicos. Não é necessário seguir todos os modelos e padrões disponíveis; muitas vezes, um trabalho bem feito com o básico é o mais eficaz.
Mas, o que é necessário para criar um relatório de Sustentabilidade? Antes de tudo, é essencial compreender o momento da organização e sua maturidade em relação às questões de Sustentabilidade e ESG. Realizar uma autoanálise para entender o que faz sentido abordar naquele momento e compreender a posição atual da organização e seus objetivos futuros é crucial para traçar um plano de ação com metas realistas de curto, médio e longo prazo.
Um diagnóstico ESG seguido pela elaboração de uma materialidade são pontos fundamentais para um processo de relato mais claro e coerente. Isso proporcionará à empresa uma visão ampla dos pontos a serem abordados no relatório e dos temas mais importantes que devem ser incorporados ao planejamento estratégico nos próximos anos.
Não é raro encontrar, atualmente, relatórios sobrecarregados com informações excessivas e, por vezes, irrelevantes, que não estão dentro dos temas considerados cruciais para as empresas (os temas levantados na materialidade). Portanto, é fundamental que se concentrem nos tópicos essenciais do negócio, evitando jargões e siglas sem explicações adequadas. Além disso, a clareza e a acessibilidade são pontos fundamentais, que requerem muita atenção na comunicação, pois são o que tornam a informação compreensível para todos os públicos.
Em última análise, a comunicação ESG desempenha um papel fundamental na construção da confiança com investidores e stakeholders, demonstrando o compromisso de uma corporação com a responsabilidade social e a Sustentabilidade. Por isso, saber comunicar já é, e cada vez mais será, um fator determinante para as empresas.
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