Alexandre Kishimoto é o convidado do programa Ecos do Meio dessa semana.
A sua semana já começa ao som de muitos Ecos... são os Ecos do Meio chegando, aqui na Rádio Mega Brasil Online!
Em setembro de 2023, um palco foi montado em cima da estátua da Madrinha Eunice, na Praça da Liberdade África-Japão na cidade de São Paulo. Ativistas protestaram e, em menos de uma semana após o ocorrido, negros, indígenas e amarelos se reuniram na mesma praça, em torno da Madrinha Eunice, para uma conversa pública e desse encontro foi criado o documentário “Liberdade Não é só Japão”.
Para falar, portanto, sobre o documentário e todo esse movimento afro, indígena e amarelo o Programa Ecos do Meio recebe o antropólogo e documentarista Alexandre Kishimoto, que é membro do Movimento dos Aflitos; Coordenador da Esquisito Filmes e Fundador do Instituto Tebas de Educação e Cultura. Kishimoto fala ainda sobre o questionamento do surgimento da história do bairro e do nome Liberdade, da participação Afro-indígena nessa construção, a chegada dos japoneses e a participação hoje do empresariado local.
Alexandre Kishimoto é Mestre em Antropologia Social pela USP; doutorando em Planejamento e Gestão do Território da Universidade Federal do ABC; autor do livro Cinema Japonês na Liberdade (2013); atuou no Programa Vale do Ribeira do Instituto Socioambiental, na organização de um dossiê para a patrimonialização do Sistema Agrícola Quilombola (2016) junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN e na elaboração dos documentários Mutirão Quilombola (2015) e Sementes de Quilombos (2015).
Segundo ele, a construção de um shopping ao lado da Capela dos Aflitos abalou a estrutura da construção que é em taipa de pilão, uma das poucas existentes na cidade de São Paulo e isso provocou a união dos amigos da capela a formarem o UNAMCA (União dos Amigos da Capela dos Aflitos) que, unidos, fortaleceram a ação do movimento social ao afirmar que a Liberdade teve sua existência histórica apagada dos mapas. O coletivo dos amarelos, portanto, adere a essa luta, contra mais essa tentativa de apagamento da história, sendo a favor da pluralidade e diversidade cultural que irão fortalecer, ainda mais, a educação patrimonial e o turismo local.
Produzido pelo Instituto Tebas e pela Esquisito Filmes o documentário estreia em sessão única no dia 16 de dezembro às 18h, no Cine Satyros Bijou; local onde, após a sessão, ocorrerá um bate-papo com todo o elenco. Para aqueles que perderem o encontro presencial, o filme estará disponível, posteriormente à estreia, no canal do Instituto Tebas de Educação e Cultura no YouTube.
Os três protagonistas do filme são: Rafaela Puri Martinelli, indígena do povo Puri em contexto urbano e trabalhadora da educação pública; Abílio Ferreira, integrante do grupo Quilombhoje de Literatura, é especialista em Cidades, Planejamento Urbano e Participação Popular e é um dos fundadores e coordenadores do Instituto Tebas; e Yannick Hara um artista afro asiático que lançou, em 2016, seu primeiro álbum musical intitulado “Também Conhecido Como Afro Samurai”, baseado no mangá e anime Afro Samurai do escritor Takashi Okazaki.
Não perca a reprise da entrevista que vai ao ar nessa terça-feira (19/12), às 15h. O programa em vídeo já está disponível.
Ecos do Meio é apresentado pela jornalista Rose Campos todas as terças, às 15h, com reapresentações as quartas, às 11h, e as quintas, às 20h, na Rádio Mega Brasil Online.
O programa também é disponibilizado, simultaneamente com a exibição de estreia, no Spotify, e em imagens, na TV Mega Brasil.