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Produzida pela Latam Intersect PR, a quarta edição da pesquisa aprofunda o impacto da IA, das redes sociais e do trabalho híbrido, além de temas como inteligência artificial e redes sociais na produção de notícias
Em um cenário de notícias cada vez mais moldado por avanços tecnológicos rápidos, os jornalistas precisam se manter atualizados e entregar notícias que sejam mais instantâneas do que nunca. Uma consequência disso também se reflete na forma como a sociedade processa o fluxo constante de informações.
A pesquisa produzida pela agência de comunicação e relações públicas, Latam Intersect PR, agora em sua quarta edição, aprofunda as perspectivas daqueles que são responsáveis por nos informar e mostra como as mudanças recentes afetaram as rotinas diárias dos jornalistas, como eles navegam pelo ciclo de notícias que se acelera constantemente e, é claro, como essas mudanças impactam, em última instância, seus leitores. As descobertas não apenas são perspicazes, mas também reveladoras de algumas tendências inesperadas.
“Esta é a nova edição de nossa pesquisa 'O Panorama do Jornalismo na América Latina', que continua a receber prêmios e reconhecimentos por suas revelações importantes sobre o comportamento daqueles que, usando diversas fontes de informação, nos alimentam de conhecimento todos os dias e nos trazem dados com os quais podemos entender melhor como construir essa ponte entre aqueles que têm informações e aqueles que lidam com as notícias diárias”, comenta Claudia Daré, cofundadora e diretora da agência de relações públicas.
O Trabalho Remoto continua sendo uma prática que não deve mudar. Três anos após o início da pandemia da Covid-19, a maior proporção (44,4%) dos jornalistas latino-americanos que participaram da pesquisa ainda trabalha remotamente, com um pouco menos (42,1%) trabalhando de forma híbrida e a menor proporção (13,5%) trabalhando presencialmente.
Em comparação com 2022, a proporção de jornalistas no continente que trabalhavam em redações aumentou ligeiramente (de 11,6% para 13,5%) e mais da metade (51,8%) trabalha principalmente em casa. No entanto, isso é ligeiramente menos do que em 2022 (57,6%), com mais jornalistas trabalhando principalmente na rua (de 12,4% em 2022 para 17,9% em 2023). Essa maneira de lidar com as atividades diárias demonstra uma tendência dos jornalistas de manter atividades online, como entrevistas e eventos virtuais.
De acordo com os entrevistados, as redes sociais continuam sendo a ferramenta mais importante quando se trata da prática jornalística, com a maior proporção (61,5%) dos jornalistas entrevistados considerando que as redes sociais da organização onde trabalham se adequam melhor a esse papel, proporção semelhante ao ano anterior (62,3%). Uma surpresa é que o Twitter/X parece se manter firme, por enquanto, como a plataforma preferida dos jornalistas para descobrir notícias de última hora. "Com todo o interesse recente em Threads como alternativa ao Twitter/X, foi interessante descobrir que quase dois terços (62,9%) dos jornalistas latino-americanos usam a função de tópicos trending do Twitter/X para sugerir histórias 'pelo menos uma vez por semana' (32,5%) ou 'uma vez por mês' (30,4%)", comenta Claudia. "Compare isso com Threads, aos quais menos de um terço (29,4%) dos jornalistas latino-americanos prestam atenção ao criar histórias", acrescenta.
No entanto, a pesquisa também destacou descobertas interessantes no uso das redes sociais por parte dos jornalistas, que variam consideravelmente de um país para outro, como observa Roger Darashah, cofundador e diretor da Latam Intersect. "Apenas 7,3% dos jornalistas chilenos usam Threads para criar histórias, a proporção mais baixa da região. No entanto, quase metade (46,2%) dos jornalistas brasileiros usa Threads para criar histórias. E acontece que 40,4% dos jornalistas brasileiros 'nunca' usam a função de 'temas trending' do Twitter/X para encontrar histórias, a proporção mais alta entre todos os países", acrescenta. "Ao mudar do Twitter/X para Threads, o Brasil poderia estar liderando enquanto outros seguem? Teremos que esperar e ver."
Enquanto 82% dos jornalistas latino-americanos consideram que a inteligência artificial é útil para o seu trabalho, quase um terço (29,9%) daqueles com idade entre 18 e 25 anos a considera uma 'ameaça', a proporção mais alta de qualquer grupo etário. Pouco menos de um terço (31,8%) dos jornalistas utiliza inteligência artificial 'todos os dias' ou 'pelo menos uma vez por semana', outro terço (35,6%) a utiliza raramente 'uma vez por mês' e um terço final (32,6%) 'nunca' a utiliza. "A rápida adoção da inteligência artificial entre os jornalistas do continente não é exatamente uma surpresa, dado que se estima que cerca de 10% do tráfego para o ChatGPT provém da América Latina, mas foi esclarecedor ver a variedade de usos que essa profissão já está encontrando para ela", explica Roger. "Embora seja verdade que uma minoria significativa (34,8%) relata que não a utiliza de forma alguma, os dois terços restantes dos jornalistas informam que utilizam a inteligência artificial para uma ampla variedade de propósitos profissionais, sendo 'insights/pesquisa' (25,1%) o mais popular, seguido por 'tradução de texto' (22%), 'outros' (21,6%), 'edição' (16,8%) e 'redução de textos' (13,6%). E isso é em menos de doze meses; imagine como serão os resultados da pesquisa no próximo ano."
"Nos últimos três anos, vimos como esta profissão continua a se adaptar e evoluir com notável resistência e engenhosidade, e isso impacta diretamente os leitores de notícias", conclui Claudia. "Assim, embora a inteligência artificial e as redes sociais continuem a ter um grande impacto em nossas vidas, confiamos no continente da América Latina e em seus brilhantes jornalistas para continuarem na vanguarda desta nova era de produção e consumo de notícias."