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“Com o hub, nossa missão é encontrar caminhos e soluções que não foram considerados na formação dos frameworks de Sustentabilidade na última década, de forma a atuar nas principais deficiências de um mercado que se desenvolveu sem levar em conta o potencial da natureza como aliada na geração de capital financeiro", explica Ricardo Assumpção, Sócio-Líder de ESG para a América Latina e Chief Sustainability Officer (CSO) da EY Brasil
A EY, uma das principais empresas de auditoria e consultoria do mundo, anunciou na COP 28 o lançamento do seu primeiro centro de soluções de negócios voltado para a criação de valor com a natureza. O “EY Nature Hub” é um projeto pioneiro que visa desenvolver soluções para empresas e governos, que dependem do uso intensivo de recursos naturais, e, ao mesmo tempo, buscam criar desenvolvimento sustentável e impacto social positivo em direção à transição para uma economia de baixo carbono. O hub é focado em setores de difícil descarbonização, sistemas alimentares, biocombustíveis, infraestrutura, recursos naturais e sistemas de energia.
“Com o hub, nossa missão é encontrar caminhos e soluções que não foram considerados na formação dos frameworks de Sustentabilidade na última década, de forma a atuar nas principais deficiências de um mercado que se desenvolveu sem levar em conta o potencial da natureza como aliada na geração de capital financeiro. Além de projetos focados em mitigação, a iniciativa vai atuar também para desenvolver soluções de adaptação climática – um custo crescente e que vai impactar empresas nos próximos anos. O EY Nature Hub também funcionará como laboratório para escalar novas soluções que podem resolver problemas já conhecidos das organizações, que não consideraram natureza nas estratégias corporativas e nas tomadas de decisão”, explica Ricardo Assumpção, Sócio-Líder de ESG para a América Latina e Chief Sustainability Officer (CSO) da EY Brasil.
O EY Nature Hub pretende atuar no nexo de clima, biodiversidade e sociedade, incluindo algumas das principais dores de mercado, como riscos de cadeia de suprimentos; regulação; criação de valor com biomas e biodiversidade; combate ao desmatamento; e instrumentos financeiros que possibilitem o desenvolvimento com floresta em pé. Além disso, o hub atuará para evoluir sistemas de dados e confiança da informação, que serão fundamentais para aprimorar modelos de negócios de empresas com grande relacionamento com natureza.
“Nossos profissionais possuem, além de capacidade técnica, conhecimento específico de diferentes mercados e setores da economia, como indústria de alimentos e bebidas, instituição financeira, indústrias de bens de consumo, mineração, agronegócio, entre outros”, destaca Assumpção.
As principais pautas a serem trabalhadas neste primeiro momento de lançamento são: descarbonização da cadeia de valor de ponta a ponta; modelos de negócios de economia circular “nature positive”; soluções de alta integridade baseadas na natureza; transição dos negócios para incorporar natureza como solução; preservação da biodiversidade; desenvolvimento de serviços ecossistêmicos; e adaptação às mudanças climáticas.
Outro diferencial do EY Nature Hub está justamente na capacidade de construir negócios mais positivos para a natureza e transformar a natureza em um aliado, além de proporcionar escala em soluções de ciência e inovação. “As soluções que vamos propor pelo hub consideram dois lados: criação de valor e redução de riscos. Posso destacar pontos como destravar valor premium para produtos sustentáveis, reduzir custos de cadeias por meio da captura do prêmio verde e desenvolvimento de negócios sustentáveis. Além do impacto financeiro, os benefícios socioambientais são fundamentais no curto e longo prazo. Não existem mais planos de negócios e planos de sustentabilidade, existem planos de negócios sustentáveis”, conta o executivo.
Dados de mercado indicam um potencial ainda não explorado em mercados de Energia Renovável, como hidrogênio, e um risco considerável de choque na cadeia de suprimentos e volatilidade de preços se os investimentos corretos não forem realizados. A América Latina tem ativos naturais que são solução para o aquecimento climático global. “Esses dados nos trazem um pouco da grandeza do mercado e potenciais oportunidades nas temáticas ligadas à América Latina, sendo que essa é uma iniciativa global que vai atender o mundo todo. Dessa forma, a EY continuará apoiando os clientes a capturar o potencial, seja por meio da geração de créditos, seja por meio da transparência na viabilidade dos negócios”, reforça o executivo.
O hub também terá o papel de conectar clientes, ciência, mercado de capitais, combinando diversas visões e pontos de vista com a inclusão de conhecimento de comunidades tradicionais e originárias, trazendo uma contribuição e direcionamento mais completos e amplificados sobre os impactos em relação a ações que as organizações tradicionalmente realizam.
“Todas as organizações dependem de capital natural, responsável diretamente por 60% do PIB do Brasil, uma vez que a sociedade faz parte do ecossistema da natureza. Porém, hoje a natureza não está sendo contabilizada nas organizações, nem nas entradas (matérias-primas, clima, regeneração) nem nas externalidades negativas (contaminações, impactos sociais e emissões)”, diz Assumpção.
Outro ponto considerado chave é a construção de uma rede de parcerias locais e globais com organismos multilaterais, organizações científicas e não governamentais, startups e provedores de soluções de tecnologia.
Os relatórios de Sustentabilidade servirão como mais um incentivo para as iniciativas de Sustentabilidade das companhias, bem como a transparência e governança dessas ações. “Já vemos uma movimentação que impulsionará essa agenda como um todo. Temos o movimento regulatório da IFRS ISSB, além de frameworks de avaliação e reporting como o TCFD (Task Force on Climate-Related Financial Disclosures) e TNFD (The Taskforce on Nature-Related Financial Disclosures). Para reportar, é necessário ter a prática, e essa ser coerente e alinhada com a estratégia da companhia. O Nature Hub pode apoiar as organizações a avaliar com clareza como seu negócio impacta e influencia a natureza, além da construção de estratégias e soluções que levam em consideração a natureza na sua concepção, gerando resultados para o negócio”, destaca o executivo.
Lançamento oficial na COP28
O lançamento durante a Conferência do Clima da ONU reforça o compromisso da EY com a agenda de descarbonização, que não é possível sem considerar a natureza de ponta a ponta. Além disso, traz visibilidade para uma temática extremamente relevante.
“O Nature Hub consegue atuar diretamente no monitoramento de interfaces e dependências de emissões do Escopo 3, que são onde temos o maior impacto no clima e na biodiversidade. Lembrando que já temos que lidar com impactos já observados conforme diversas discussões na COP28”, explica Assumpção.
O painel “The Amazon Ecosystem: Reshaping opportunities for the future”, no qual o hub foi lançado, aconteceu no dia 9 de dezembro, às 10h (horário local de Dubai) e contou com importantes nomes do mercado.
“Reunimos um verdadeiro dream team para fazer esse anúncio ao mercado. Desde executivos locais e globais da própria EY, bem como referências no mercado brasileiro e especialistas”, finaliza Ricardo Assumpção.
Por fim, o Nature Hub terá sua gestão centralizada em São Paulo e um espaço físico em Belém, no Pará, estado que receberá a COP30 em 2025, contando, ainda, com um escritório de captação nos Estados Unidos.