Zé Schiavoni "Preocupante ausência de compliance nos processos de concorrência, com prazos absurdos para pedidos de propostas criativas."
A Weber Shandwick Brasil expandiu o faturamento em 20% em 2022, na comparação com a receita registrada em 2021, e manteve a quinta colocação no ranking da Pesquisa Mega Brasil. A agência ocupa também o quinto lugar no ranking de colaboradores, cujo número passou de 235, em 2021, para 280, em 2022. Nos últimos meses, a empresa dedicou boa parte de seus investimentos à atração e retenção de talentos, mantendo a multidisciplinaridade de suas equipes. Nesse planejamento estão incluídas a consolidação dos serviços de consultoria e de estratégia e a ampliação da área de marketing. “Fortalecemos também nosso compromisso com a área de Diversidade, Equidade e Inclusão. Lançamos, ainda, novo posicionamento: somos uma agência in-culture, que auxilia os clientes a se conectarem ao contemporâneo e a criarem valor para a marca dentro das conversas que realmente importam. Temos um sentimento positivo sobre o que está por vir”, afirma Zé Schiavoni, CEO da agência e líder do grupo IPG DXTRA no Brasil. A percepção sobre as amplas oportunidades de negócios, contidas neste ano de 2023, é reforçada por Alessandra Ritondaro, presidente da Weber Shandwick Brasil: “Começamos com novas contas e projetos bem relevantes. Logo em janeiro, lançamos duas grandes campanhas: Viver para Contar, Contar para Viver, em parceria com Unesco, Museu do Holocausto e Conib (Confederação Israelita do Brasil), e #TodosPorTodos, para a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde). O sucesso das campanhas, desenvolvidas por três agências do nosso Coletivo − Weber Shandwick, Cappuccino Digital e Powell Tate −, é fruto da integração das nossas especialidades. Temos ainda novos projetos para a área de Diversidade, Equidade e Inclusão, e estamos ampliando a atuação regional, além de novas oportunidades com a nossa rede global e crescimento orgânico nos clientes. Esperamos fechar o ano com crescimento de dois dígitos, sempre mantendo a preocupação com a sustentabilidade do nosso modelo”. Sobre as dificuldades enfrentadas em 2022, Schiavoni cita a redução dos fees e a questão do não cumprimento de regras nos processos de concorrência. “Os orçamentos dos clientes sempre são um desafio, sobretudo em um cenário econômico complexo. Também observamos uma intensificação da concorrência, além de, infelizmente, ainda testemunharmos uma preocupante ausência de compliance nos processos. Na prática, estamos falando de prazos absurdos para pedidos de propostas criativas, prazos inexequíveis para pagamentos e guerra de talentos, entre outros problemas”, afirma o CEO. Apesar desses impasses, que provocam inquietação entre os empresários e profissionais do setor, as agências de comunicação “seguem avançando, conquistando mais espaço na agenda dos executivos C-level, com um papel mais estratégico nas discussões de impacto para o negócio”, afirma Alessandra, que atribui à Abracom (Associação Brasileira das Agências de Comunicação) atuação fundamental na construção de relações sustentáveis e mais saudáveis entre clientes e agências. “É preciso seguir com o desenvolvimento de boas práticas no setor para fortalecer a reputação e o valor dos nossos serviços”, assinala a presidente da Weber Shandwick. Determinada a ampliar sua conexão com o contemporâneo, a Weber Shandwick segue atenta aos desmembramentos da tecnologia digital e seus efeitos no comportamento e na evolução da humanidade. Em nível global, mantém um time de especialistas, o Weber Futures, que, em parceria com universidades e centros de pesquisa, projeta serviços e recursos que estão na vanguarda da inovação e fornecem os insights estratégicos e necessários para o entendimento de um ambiente cada vez mais complexo. “E, localmente, temos reforçado constantemente esse desejo por aprender junto aos nossos times e líderes, de forma orquestrada com nosso programa de treinamento e desenvolvimento, o In-Culture Labs”, afirma Rodolfo Araújo, VP de Estratégia da Weber Shandwick Brasil e líder da consultoria de transformação cultural United Minds na América Latina. “Nós, profissionais de comunicação, precisamos nos tornar fluentes em tecnologias emergentes, exatamente para lidar com todos os desafios e implicações que ainda vão surgir”, aconselha Araújo.