Rafael Pires (foto) é o convidado do Consumo em Pauta dessa semana.
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O PIX, sistema de pagamento instantâneo, ganhou espaço rapidamente na vida dos brasileiros, mas, infelizmente, também chamou a atenção de golpistas.
Dentre os golpes mais recentes, destaca-se o golpe da mão fantasma. Trata-se de um aplicativo malicioso instalado no celular da vítima, que altera o destinatário de uma transferência no PIX sem que o remetente perceba, resultando na perda do dinheiro enviado. Ele age como uma camada sobre a tela do usuário, manipulando as transações realizadas no PIX. A vítima pensa estar fazendo uma transferência normal, mas, na realidade, o dinheiro é desviado para outro destinatário.
Para entendermos melhor sobre esse golpe e como se proteger, o Consumo em Pauta conversa com Rafael Pires, especialista em tecnologias financeiras e fundador/CEO da Arariwe, hub de soluções financeiras.
O executivo comenta que falar sobre golpes virtuais é de interesse geral, principalmente após a rápida adoção do PIX e as vulnerabilidades que surgiram. A segurança do dinheiro está diretamente ligada ao conhecimento do usuário. Para ele, a principal porta de entrada para golpes como o da “mão fantasma” é o desconhecimento das pessoas: “Os fraudadores se aproveitam dessa vulnerabilidade para alcançar seus objetivos”.
Como não ser vítima do golpe da mão fantasma
Para não ser vítima, Pires diz que as pessoas precisam adotar uma postura crítica e desconfiar principalmente de ofertas muito vantajosas e nunca deixar de verificar a fonte delas. Como exemplo, ele cita evitar baixar aplicativos não listados nas lojas oficiais, como Play Store e Apple Store. “É essencial que as pessoas questionem a legitimidade de tais ofertas.” Completa destacando que não se deve baixar nenhum aplicativo com promessas de bônus ou descontos”.
Caiu no golpe da mão fantasma?
Se você foi uma vítima do golpe da mão fantasma, deve recorrer ao Mecanismo Especial de Devolução (MED). “Esse é o caminho oficial. Trata-se de uma ferramenta do Banco Central que possibilita a reversão de transações fraudulentas. No entanto, é importante agir rapidamente. Se o dinheiro ainda estiver na conta do fraudador, há chances de recuperação, mesmo que seja parte do valor desviado”, explica Pires.
Uma outra opção é entrar com processos judiciais contra o banco, questionando a falha no antifraude. Configurar limites de transação também é uma medida preventiva eficaz. “Os bancos geralmente possuem configurações para limites diários e por transação no PIX. Recomendo ajustar essas configurações de acordo com o perfil e as necessidades de cada um, proporcionando uma camada adicional de segurança.”
O executivo finaliza assinalando que o golpe da mão fantasma é uma ameaça real e exige vigilância por parte dos usuários do PIX. “A conscientização, o conhecimento das práticas seguras e a rápida ação diante de suspeitas são fundamentais para evitar cair nesse tipo de fraude. Utilizar o PIX com responsabilidade e configurar limites de transação são passos importantes para garantir a segurança financeira. Ao adotar essas práticas, os consumidores podem usufruir dos benefícios do PIX sem se tornarem vítimas de golpistas.”
Para saber mais detalhes o assunto, não perca a entrevista com Rafael Pires, que vai ao ar nesta segunda-feira (11/03), às 17h.
O programa Consumo em Pauta é apresentado pela jornalista Angela Crespo todas as segundas, às 17h, com reapresentações diárias em mesmo horário e, aos finais de semana, às 14h, na Rádio Mega Brasil Online.
O programa também é disponibilizado, simultaneamente com a exibição de estreia, no Spotify, e em imagens, na TV Mega Brasil.