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Temos um mercado a conquistar

Thyago Mathias: reinvenção para fortalecer a posição como maior agência de comunicação, marketing, assuntos públicos e tecnologia da América Latina.

As metas da LLYC – empresa de origem espanhola, listada em Bolsa na Europa – para o mercado brasileiro são ambiciosas. E, pelos números apresentados em 2022, factíveis. “Além de, globalmente, a LLYC ter anunciado números recordes, foi o melhor ano da história da nossa operação no Brasil. O faturamento cresceu quase 40%, cumprindo todas as metas e indicadores de rentabilidade desejados por uma companhia de capital aberto, que passa pelo escrutínio atento de acionistas”, afirma Thyago Mathias, diretor-geral da empresa no País. Ele acrescenta que esse desempenho contribuiu fortemente para os resultados globais do grupo, com uma meta de recuperação do desempenho pós-pandemia traçada a partir do segundo semestre de 2021, com base em investimentos em tecnologia e atração de especialistas e novos talentos.

A agência espera ainda mais do futuro. “Trabalhamos com um planejamento robusto, que avalia e busca soluções criativas para enfrentar cenários adversos. No Brasil, nossa aposta segue sendo pelo crescimento. Temos um mercado a conquistar, rumo ao plano de estarmos entre os cinco maiores players. Esta é a nossa realidade em todos os demais países onde operamos, com exceção dos EUA, por enquanto”, afirma Mathias. Para alcançar os objetivos, a agência aposta em novas especialidades, com o acréscimo ao longo do ano de uma nova operação e reforço às frentes abertas em 2022, como ESG e assuntos públicos. “Vamos comemorar 15 anos de operação no Brasil com o melhor ano da nossa história”, diz o diretor-geral da LLYC.

Mas o executivo enxerga também obstáculos que podem afetar os resultados. Um deles diz respeito ao custo da operação com remuneração de mão de obra, quando comparado a alguns de seus concorrentes. “A LLYC tem 100% de sua mão de obra celetizada. Infelizmente, sabemos que esta não é uma realidade do nosso setor, apesar de ser um compromisso com nossos clientes e com a própria integridade da empresa. Uma das nossas áreas de maior crescimento é a que se dedica a apoiar os clientes em sua jornada ESG (ambiental, social e de governança) e não poderíamos dizer que somos uma empresa comprometida com ESG, como somos, se não cumpríssemos todas as obrigações legais com nossos LLYCers”, afirma Mathias. Ao manter toda a equipe celetizada, a agência enfrenta o desafio de reter os talentos diante de ofertas de maior remuneração em dinheiro em contratos informais. Para isso, a política da empresa atua em várias frentes, com oferta de formação continuada e um programa de Diversidade e Inclusão. “Isso nos ajudou a manter a perda de talentos em patamar inferior a 5% ao longo do ano passado”, informa.

Outro obstáculo que o executivo da LLYC enxerga está no ambiente concorrencial. Para ele, “existe uma competição desleal, falta de barreira de entrada e a comoditização dos serviços que estávamos costumados a oferecer. São louváveis esforços como o da Abracom (Associação Brasileira das Agências de Comunicação) para promover uma autorregulamentação e estabelecer um ambiente de competição e cooperação saudável. Entretanto, em um setor tão pulverizado, fica muito claro perceber o acirramento de uma divisão. De um lado, estão agências que não souberam se reinventar e que disputam cada vez mais o mesmo serviço por menos. Do outro, estão outras, pequenas ou grandes, que buscam maneiras de aportarem valor real e estratégico ao negócio de seus clientes”, afirma.

Para enfrentar esse cenário, a agência busca se fortalecer nas diversas frentes para posicionar a LLYC como “a maior agência de comunicação, marketing, assuntos públicos e tecnologia da América Latina”, afirma Mathias.

Uma das frentes está ligada ao grande assunto do momento no mercado, a chegada da inteligência artificial na comunicação. A LLYC acaba de lançar o estudo New times, new rules: 10 desafios para tempos imprevisíveis, que discute os desafios impostos pelas novas tecnologias. “Nesse estudo, vemos que a transformação é uma exigência que ocorre em qualquer momento da história. A diferença no contexto atual é que está acontecendo em uma velocidade nunca antes conhecida. Mas a verdadeira transformação de uma organização é aquela que parte da mudança cultural dos indivíduos. São as pessoas que compõem cada grupo de interesse que devem internalizar qual será a próxima metamorfose e qual será o seu impacto. Fazer parte da mudança, capitalizar o sucesso e saber comunicá-lo é transformar a transformação de uma organização num ativo reputacional de valor inquestionável. Ou seja, para nós, é uma oportunidade a mais para nos reinventarmos e apoiar os clientes a se reinventarem”, assinala o executivo da LLYC.