Segundo números do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), o Brasil registra, anualmente, em torno de 300.000 feridos graves por acidente de trânsito. Sem falar dos feridos leves. E nem por isso existe um caos. Mas se esses 300.000 recorressem ao sistema de saúde em 60 dias, certamente teríamos o caos instaurado. Muitos morreriam por falta de atendimento.
Qual seria a solução? Parar a circulação de todos os carros para reduzir o número de acidentes e ir liberando gradativamente até que o sistema, como um todo, se equalizasse. O que ocorre com o Coronavírus é a mesma coisa. Como ele tem um poder de contágio muito alto, a circulação de pessoas de forma irrestrita, fará com que o índice de pessoas infectadas seja muito elevado. Sabemos que somente cerca de 5% requer atendimento hospitalar. Mas 5% de uma população é um número absurdamente grande, o que geraria um caos no sistema de atendimento hospitalar.
Não existe estrutura hospitalar em lugar nenhum que dê vazão a essa demanda. Então teríamos que escolher quem viveria e quem morreria, como já está acontecendo em alguns países. A decisão sensata é parar a circulação de pessoas, para parar a transmissão do vírus. Mas é uma parada momentânea, de 2 a 6 semanas, tempo suficiente para que o sistema se equilibre. Depois tudo volta ao normal, e a recuperação será muito rápida.
Não se deve pregar o pânico. Precisamos ter racionalidade. O mundo não vai acabar. Nesse momento em que estamos vivendo, aparece todo tipo de experts sobre o assunto, falando do que não entendem, gerando pânico na população, como se um fato excepcional fosse a regra, como se um fato episódico fosse permanente.
Haverá uma perda de renda, sim haverá. Mas é por tempo curto. E nesse ponto entram os poderes públicos, para de forma sensata, conduzir a situação. A perda de renda, a eventual perda de emprego, a perda de receita das empresas, tudo isso tem fim, e o fim está ao alcance dos nossos olhos. Portanto tenhamos serenidade. Dias melhores virão e saírem fortalecidos.
Vamos salvar vidas e a economia!
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