Divulgação
Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.
A pesquisa anual do Infojobs, HR Tech focada em soluções para RH, revelou que as mulheres enfrentam desafios significativos no mercado de trabalho. O estudo, que foi realizado pelo Infojobs entre fevereiro e março de 2024, com a participação de 742 pessoas que se identificam com o gênero feminino, de 18 a 60 anos, aponta que encontrar oportunidades (27%) e alcançar crescimento profissional (26%) destacam-se entre as dificuldades enfrentadas diariamente por elas. Além disso, cerca de 77% acreditam que os homens têm mais chances, enquanto 88% percebem desigualdade salarial.
Outro aspecto preocupante é o tratamento durante o processo seletivo. A pesquisa aponta que 58% das mulheres foram submetidas a perguntas invasivas ou subjetivas, muitas vezes relacionadas à maternidade. Esse tipo de abordagem, além de inadequada, pode afastar candidatas ideais e revela a importância de ambientes de trabalho justos e saudáveis.
No que diz respeito à liderança, 42% das participantes nunca trabalharam sob alta gestão feminina. No entanto, 40% já estiveram em empresas com mais mulheres em cargos de liderança, sinalizando uma mudança positiva no cenário corporativo. Quanto à diversidade, 62% nunca trabalharam com mulheres trans, evidenciando a necessidade de maior inclusão.
Por fim, o assédio ainda é uma questão alarmante. Do total de entrevistadas, 65% relataram terem sofrido assédio ou preconceito durante suas experiências profissionais. Dessas, 45% tiveram receio de reportar a situação, indicando a importância de uma cultura organizacional que promova um ambiente seguro e inclusivo para todas as colaboradoras.
“No Brasil, atualmente, empresas de médio e grande porte devem possuir política de prevenção ao assédio sexual e outras formas de violência no local de trabalho. As que não têm, correm o risco de serem denunciadas ao Ministério Público do Trabalho ou multadas. Mas mesmo assim, o que refletiu na pesquisa mostrou que ainda há muito espaço para ganhar efetividade no que está sendo feito. É preciso um olhar atento para as necessidades coletivas e individuais, principalmente em situações que envolvem crimes, e é claro, motivar as mulheres a se posicionarem, garantindo que seus direitos sejam atendidos”, afirma Ana Paula Prado, CEO do Infojobs.