CEBDS e CEOs de cerca de 30 empresas assinam documento com metas climáticas que podem gerar ganhos para o Brasil

O posicionamento "Neutralidade Climática" é apresentado

20 de Abril de 2021 | 18h00

Divulgação

Segundo a Presidente do CEBDS, Marina Grossi, seguir em direção à retomada verde é a única maneira adequada de sermos competitivos. “Economicamente falando, o CEBDS crê que um total de até US$ 17 bilhões possam ser gerados no país a partir de negócios com base na natureza até 2030. O setor já está engajado, buscando as escolhas certas agora e direcionando os investimentos para enfrentamento e recuperação da economia brasileira em um modelo de economia circular, de baixo carbono e inclusiva, em que os benefícios entre produzir e preservar são claros e representam ganhos para o Brasil”, afirma.

O Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) divulgou no último dia 13 de abril, junto com a assinatura de CEOs de cerca de 30 empresas, o posicionamento “Neutralidade Climática: Uma grande oportunidade”, que reitera que uma meta mais ambiciosa de neutralidade climática para 2050 trará ganhos ao Brasil em diversos segmentos: economia, com a geração de empregos verdes e investimentos crescentes em soluções de baixo carbono; comerciais, com poder de negociação mais sólido frente a seus principais competidores; ambientais, com incentivo à redução dos gases de efeito estufa (GEE); e reputacionais.

Segundo a Presidente do CEBDS, Marina Grossi, seguir em direção à retomada verde é a única maneira adequada de sermos competitivos. “Economicamente falando, o CEBDS crê que um total de até US$ 17 bilhões possam ser gerados no país a partir de negócios com base na natureza até 2030. O setor já está engajado, buscando as escolhas certas agora e direcionando os investimentos para enfrentamento e recuperação da economia brasileira em um modelo de economia circular, de baixo carbono e inclusiva, em que os benefícios entre produzir e preservar são claros e representam ganhos para o Brasil”, afirma.

O CEBDS tem liderado o setor empresarial brasileiro devido à urgência para mitigar riscos decorrentes das mudanças climáticas. “São muitos desafios, mas estamos convictos que metas mais ambiciosas trarão mais oportunidades para o desenvolvimento de negócios, resultando em mais investimentos, de recolhimento de tributos e de geração de renda ao setor privado, à sociedade brasileira e, consequentemente, ao país. O setor empresarial brasileiro entende ter papel fundamental na superação de tais desafios, e que o caminho passa pelo diálogo transparente e direto entre governo, empresas e sociedade civil, que são cruciais para os avanços necessários”, reitera Marina Grossi.

 

Entenda o cenário: O Acordo de Paris e a NDC Brasileira

Com o único objetivo de reduzir o aquecimento global, o Acordo de Paris é um tratado mundial que foi negociado durante a COP21, em Paris, e foi aprovado em 12 de dezembro de 2015. Entrou em vigor oficialmente no dia 4 de novembro de 2016, tempo recorde para um acordo climático dessa envergadura. Suas medidas e metas passaram a valer para todos os 195 países signatários do Acordo a partir de 2020.

Faltando pouco tempo para a COP-26, prevista para acontecer em novembro, em Glasgow, o Brasil, que possui 20% da biodiversidade mundial, precisa assumir o papel de protagonista na agenda climática. Os oceanos e a atmosfera esquentam mais ano a ano por causa das massivas emissões de gases. Os maiores vilões nessa história são a queima dos combustíveis fósseis e o desmatamento das florestas (responsáveis por renovar o oxigênio).

Em 2015, o Brasil ratificou o Acordo de Paris para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Esse compromisso é fundamental para obtenção de resultados concretos rumo à economia de baixo carbono. No Brasil, as principais metas da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada, na sigla em inglês), é conseguir reduzir as emissões de gás carbônico em 37% em relação às emissões de 2005. A data limite para isso é 2025, com indicativo de reduzir 43% das emissões até 2030.

Estamos em um ano decisivo para a questão climática, comparável ao que foi em 2015 em relação ao Acordo de Paris. O Brasil – tanto no Leaders Summit on Climate, com o Presidente Biden, nos dias 22 e 23 de abril, quanto em Glasgow, em novembro – tem grande oportunidade para consolidar seu protagonismo nessa agenda e atrair capital internacional, protegendo sua floresta e gerando valor com a biodiversidade que temos. As signatárias sabem que as empresas brasileiras têm uma oportunidade inigualável nessa agenda, onde há um novo padrão de mercado com a demanda para produtos e serviços de baixo carbono e inclusivo, atendendo aos critérios ESG”, completa a Presidente do CEBDS.

 

Empresas Participantes

CEOs das seguintes empresas assinaram o documento: Bayer, Braskem, Bradesco, BRF, CBA, DSM, Ecolab, Eneva, EQUINOR, Icare, Ipiranga, Itaú, JBS, Lojas Renner, Lwart Soluções Ambientais, Marfrig, Michelin, Microsoft Brasil, Natura, Schneider Electric, Shell, Siemens Energy, Suzano, Ticket Log, Tozzini, Vedacit, Votorantim Cimentos, Way Carbon.

A iniciativa conta com os seguintes apoios institucionais: Amcham Brasil, ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio, CEBRI – Centro Brasileiro de Relações Internacionais, Coalizão Brasil Clima – Florestas e Agricultura, e ICC – Câmara de Comércio Internacional.