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Editor de Diversidade, Equidade e Inclusão e líder do grupo de Pride da Nielsen Brasil, Nate Cavalcanti participou do quadro Entrevista JCC, do programa Leitura da Semana na Rádio Mega Brasil e falou um pouco sobre os dados obtidos na pesquisa Comunidade LGBT+: o que está em foco?.
A Nielsen, companhia global de medição de audiência, dados e análises, apresentou dados inéditos da pesquisa Comunidade LGBT+: o que está em foco?. Realizado entre os dias 3 de fevereiro e 10 de abril deste ano, com uso de questionário online para 602 pessoas de todo o país, sendo 50% dos entrevistados membros da comunidade LGBT+, o levantamento analisou influenciadores, serviços de streaming, redes sociais, mídia, entre outros segmentos.
Para falar sobre a pesquisa, o Jornal da Comunicação Corporativa entrevistou Nate Cavalcanti, editor de Diversidade, Equidade e Inclusão e líder do grupo de Pride da Nielsen Brasil. No bate-papo, que foi ao ar na sexta-feira (15) no Leitura da Semana da Rádio Mega Brasil Online, o profissional falou sobre a importância de uma pesquisa como a ‘Comunidade LGBT+: o que está em foco?’ e como os dados obtidos podem, de alguma forma, influenciar no pensamento das pessoas, principalmente as que estão fora da comunidade e os criadores de conteúdo. Ele descreveu a relação do público com a mídia como simbiótica.
“A mídia molda e influencia completamente nosso comportamento e nosso comportamento, por sua vez, molda e influencia o comportamento midiático”, explica. Para ele, essa relação se estreia ainda mais com os streamings e produção de conteúdos independentes. “A mídia acaba se tornando um veículo poderoso de mudança social. Uma ferramenta para normalizar nossa existência ao redor do mundo”.
Um dos dados obtidos pelo estudo é sobre a falta de inclusão em publicidade de marcas leva a comunidade a se apegar menos ao produto e mais à mensagem. Para Nate, alguns discursos não refletem, realmente, nas ações das empresas, tanto interna, quanto externamente. “Que tipo de mudança social está realmente sendo promovida na vida das pessoas que estão sendo usadas para publicidade nas redes?”, questiona.
Para ele, a emancipação das mídias tradicionais democratiza não apenas o acesso ao conteúdo, como também a produção, o que explica porque o mercado de Influência e os streamings foram considerados os tipos de mídia mais inclusivos, segundo o estudo. “Se antes a gente dependia só da mídia tradicional, que é um mercado onde a inserção de diversidade é muito mais lenta, mais difícil e que necessita de um teto de investimento muito maior, hoje a produção independente mudou o jogo. Hoje os influenciadores oferecem um mercado de nicho com muito menos limitações do que a mídia tradicional”, afirma o profissional.
Nate ainda comentou sobre qual dado da pesquisa o surpreendeu mais. Para o profissional, o fato de tantas pessoas dentro da comunidade compartilharem do mesmo sentimento, é porque existe uma razão por trás. “Essa pesquisa mostra que, se tem uma coisa que todos nós, da comunidade LGBT+, sentimos na pele é a experiência de alienação, de exclusão.”
Para saber mais sobre a pesquisa citada por Nate e ouvir a entrevista na integra, basta clicar no link.