Por Larissa Sugiyama
06 de Dezembro de 2024 | 15h00
Divulgação / LinkedIn
“A participação ativa nas redes sociais apresenta um novo ecossistema que requer inovação constante e uma adaptação ágil. É fundamental entender essas mudanças local e regionalmente, já que isso reflete diretamente qual a audiência impactada e com quais notícias”, ressalta Claudia Daré, sócia e Diretora da Latam Intersect PR
O time de Inteligência da Latam Intersect PR acaba de lançar o estudo “Da Informação ao Engajamento: O impacto das redes sociais no consumo de notícias”, que analisa a transformação dos canais de notícias dos veículos tradicionais na América Latina. O estudo, que engloba nove países – Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá e Peru – revela como os meios de comunicação estão se adaptando a uma nova realidade, na qual 40,5% da população já considerava as redes sociais como sua principal fonte de notícias, conforme indicado na terceira edição da pesquisa “Panorama do Jornalismo na América Latina”, realizada em 2022 pela própria agência. E o novo estudo também revela que há redes sociais que já nasceram sendo fontes para notícias.
O estudo destaca que veículos em todos os países reconhecem a importância de utilizar várias plataformas para atingir diferentes públicos, especialmente o jovem, que é mais ativo no Instagram e TikTok. E, mesmo em contextos em que o Facebook ainda domina – como no Brasil e na Bolívia – o TikTok é visto como uma oportunidades promissora para engajar a Geração Z.
“Embora o Facebook continue sendo um canal relevante para a busca de notícias, especialmente entre públicos mais velhos, a adaptação constante de conteúdo para plataformas visuais é um ponto em comum entre os veículos pesquisados em todos os países. A consolidação da informação noticiosa nas redes, com editores nas reuniões de pauta definindo onde cada um vai, nos convence que a rota da notícia mudou, definitivamente”, afirma Claudia Daré, sócia e Diretora da Latam Intersect PR, que apresentou o estudo durante a Expo Comunicación Panamá (EXCOM 2024), em novembro.
A adaptação ao contexto digital é uma realidade comum entre os países analisados no estudo, especialmente em locais como a Costa Rica, onde a alta penetração da Internet impulsiona a transformação digital. Os veículos estão investindo em estratégias digitais, reconhecendo que as redes sociais são fundamentais para sua presença no ecossistema de notícias.
O estudo revela, ainda, que as redes sociais também são uma oportunidade de monetização e atuam como vitrines para novas opções de branded content, aumentando o interesse de marcas em anunciar nas plataformas dos veículos – fatores significativos para um setor que sofreu com a perda de publicidade nos últimos anos.
“A participação ativa nas redes sociais apresenta um novo ecossistema que requer inovação constante e uma adaptação ágil. É fundamental entender essas mudanças local e regionalmente, já que isso reflete diretamente qual a audiência impactada e com quais notícias”, ressalta Claudia.
As notícias nas redes sociais brasileiras
As redes sociais desempenham uma importância crescente no consumo de notícias no Brasil. Plataformas como Facebook, Instagram e TikTok têm se tornado essenciais para os veículos de comunicação alcançarem uma audiência diversificada. Ainda de acordo com a pesquisa “Panorama do Jornalismo na América Latina”, 60,1% dos brasileiros compartilham boas notícias nas redes sociais, um reflexo do alto engajamento com conteúdo informativo.
O Facebook ainda mantém sua importância, com 111 milhões de usuários no País, sendo a primeira plataforma onde 36,2% dos brasileiros buscam notícias diariamente, de acordo com a mesma pesquisa citada. Contudo, Instagram e TikTok – com 113,5 milhões e 82 milhões de usuários, respectivamente – se destacam por atrair públicos mais jovens, utilizando formatos visuais e vídeos curtos que ampliam a interatividade.
O estudo revela ainda o crescente uso dessas plataformas para consumo e distribuição de notícias em tempo real. Com canais como “Plantão Brasil”, que alcançou 1,6 milhão de inscritos no YouTube, ou o “MyNews”, com mais de 1 milhão, é evidente que as redes sociais não apenas facilitam o consumo de notícias, mas também permitem uma experiência de maior engajamento e cocriação de conteúdo.
Relatório disponível para download
O relatório “Da informação ao Engajamento: O impacto das redes sociais no consumo de notícias” é especialmente relevante para gestores de marca e profissionais da Comunicação, que buscam compreender onde suas pautas podem impactar e como suas estratégias devem ser implementadas.
De acordo com Claudia Daré, conhecer como os meios de comunicação estão repensando suas estratégias nas redes sociais é um reconhecimento de que elas vão além do entretenimento e é um movimento que acompanha a transformação da linguagem porque, além disso, as redes sociais são importantes fontes de informação e monetização. “Para marcas e empresas, isso representa uma oportunidade de se conectar de maneira mais significativa com o público, construindo narrativas autênticas e relevantes que fortalecem a reputação e aumentam a lealdade dos consumidores”, diz.
O estudo completo, com insights de todos os países analisados, encontra-se disponível gratuitamente no site da Latam Intersect PR.