Em uma entrevista exclusiva ao programa Comunicação S/A , Zé Schiavone, chairman executivo do coletivo Weber Shandwick e responsável por operações da Golin, compartilhou sua visão sobre fusões e aquisições no setor de comunicação e o impacto da globalização nesse mercado.

Para Schiavone, o processo de venda de uma agência exige dedicação e sacrifícios, especialmente no contexto de grandes transações com grupos internacionais. "Quando você vende, inicia um processo de bastante sacrifício. No meu caso, foi muito importante o apoio da minha esposa e das minhas filhas. Tem a ver muito com o seu objetivo de vida", comentou Schiavone, ao abordar a experiência pessoal envolvida no processo.

O executivo também destacou que as agências brasileiras estão em um patamar excelente em termos de criatividade e qualidade de trabalho, comparando-as favoravelmente com o mercado europeu e norte-americano. No entanto, ele observou que a relação entre agências e clientes no Brasil ainda tem espaço para evolução, especialmente no que diz respeito a questões de governança e compliance.

Zé Schiavone também abordou a crescente globalização das agências brasileiras, apesar do fluxo de influências internacionais, ele afirmou que a cultura brasileira tem grande valor e é bem recebida pelos grupos estrangeiros. Por fim, Schiavone reafirmou que o processo de fusões e aquisições no setor pode ser uma troca vantajosa, onde a experiência local se mistura com a visão global, resultando em "projetos ganha-ganha". Para ele, o Brasil, com sua riqueza cultural, segue influenciando positivamente o mercado global de comunicação.

A conversa foi um reflexo das transformações no setor e destacou a importância da adaptação estratégica e da valorização da cultura local, enquanto as agências buscam expandir suas operações em um mercado cada vez mais globalizado.

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