Para o mês do Orgulho LGBTQIA+, que acontece em junho, a SumUp, empresa global de serviços financeiros, criou a ação Meu nome, meu orgulho, que tem como objetivo ajudar microempreendedores trans a retificar seus nomes. A ação ocorreu em parceria com a ONG Casa Neon Cunha, que presta serviços de acolhimento a pessoas LGBTQIA+, e ofereceu orientações aos clientes interessados em fazer a mudança, custeando as despesas do processo.

A retificação do nome de pessoas trans é um direito. Desde 2018, por conta de decisão do Supremo Tribunal Federal, não é mais necessário entrar na Justiça e nem fazer cirurgia de redesignação sexual para fazer a mudança. No entanto, o processo ainda pode ser difícil: desinformação, burocracia e custos fazem com que muitas pessoas desistam de ter no documento o nome que realmente as identifica.

“Nome é identidade. É parte de quem nós somos e carrega toda a história que construímos no mundo. É um motivo de orgulho, tanto que vemos muitos empreendedores batizando suas empresas com seus nomes. No entanto, esse sentimento de orgulho pode estar incompleto em pessoas trans que não fizeram a retificação do nome. Por isso, decidimos criar essa campanha”, diz Vanessa Martins, gerente de criação da SumUp e uma das idealizadoras da ação.

Outro motivo que levou à criação do projeto é o apoio da SumUp aos colaboradores trans: a empresa custeia, desde 2021, a retificação dos seus nomes. Além disso, desde o início de 2022, oferece um auxílio mensal para as pessoas trans que fazem terapia hormonal. “Agora, vamos levar essa iniciativa para além do escritório, para as pessoas que estão com a SumUp lá fora: nossos clientes”, afirma Vanessa.

A campanha durou todo o mês de junho. Todos que aderiram foram orientados pela equipe especializada da ONG Casa Neon Cunha, que tirou dúvidas sobre o processo, auxiliou na organização e na captação dos documentos necessários e deu dicas sobre os melhores e mais acessíveis cartórios para solicitar a mudança de nome.

Por fim, a SumUp se propôs a fazer o pagamento dos custos do processo ao cliente, por meio da ONG. “Além disso, para cada mudança realizada para um microempreendedor, vamos doar o valor de outra retificação para a Neon Cunha”, diz Vanessa.

“Proporcionar esse processo para pessoas trans é uma questão de comprometimento e respeito com todos. Iniciativas como essas por parte das empresas fazem com que as pessoas acreditem na possibilidade da inclusão plena e sintam-se acolhidas.” diz Paulo Araújo, representante da ONG Neon Cunha.

A SumUp é uma companhia global de serviços financeiros, que oferece produtos para pequenos e microempreendedores. A fintech chega a atender mais de 3,5 milhões de donos de pequenos negócios em mais de 30 mercados na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina, com produtos e serviços criados para cada segmento.

Já a Casa Neon Cunha é uma Organização não governamental, sem fins lucrativos, de atuação em São Bernardo do Campo, São Paulo, que presta serviços de atendimento psicológico, além de nivelamento educacional e articulação de rede a pessoas LGBTQIA + e seus familiares.