A arena da inovação já está disponível

Por Bruna Nunes

18 de Agosto de 2022 | 12h00

Divulgação

Com Regina Monge, Gil Giardelli e Marcos Silva, o painel “A Neurociência e Web3 aplicada à Comunicação e a Revolução esperada com o Metaverso” já está disponível no canal da Mega Brasil

Você já perguntou como a Neurociência e a Web3 se relacionam com o Metaverso? A tecnologia, pensada por Mark Zuckerberg, que é uma representação digital de nosso mundo físico, sem perda de continuidade de tempo e espaço, é um dos tópicos do painel A Neurociência e Web3 aplicada à Comunicação e a Revolução esperada com o Metaverso, que acontece hoje, no Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas com transmissão simultânea no canal do YouTube.

Mediado por Ricardo Cesar, Fundador e CEO do Grupo Ideal e presidente & CEO H+K Latin America, o painel trouxe Regina Monge, fundadora e dirigente do Neurobranding Lab; Gil Giardelli, professor, escritor e inovador na @5Era e Marcos Silva, Professor de Filosofia da ESPM.

Quem abriu o painel foi Gil Giardelli, que voltou ao início da internet, em meados dos anos 40, para apresentar o Metaverso e contextualizar a nova web. “Nós falamos na Rede de Filiação do Futuro o conceito de “tempos pós normais” e “tempos não convencionais”. Tempos pós normais são aqueles que as velhas ideias tendem a desaparecer, especialmente na nossa indústria da comunicação, as novas parecem que não fazem muito sentido e tudo isso é uma mudança de eras como nunca visto”, explica.

O palestrante contextualiza a nova web e forma como ela tem agido na comunicação e no marketing. Na palestra, Gil trouxe o conceito mais amplo do Metaverso, onde a economia gira em torno de espaços e produtos exclusivos, que não existem no mundo físico, e o marketing em cima desse novo tipo de consumo. “Como comunicação, vai mudar tudo. Sai o conceito de datalakes, entra o lake house. A comunicação vai ser totalmente baseada em dados e aí começa a se falar de direct de avatar, marketing baseado em economia de inteligência artificial, direct factory e uma serie de conceitos novos que nós precisamos trazer ao Brasil.

Ele dá o exemplo de marcas como Adidas e Nike, que lançaram produtos no Metaverso recentemente, e obtiveram respostas mais rápidas do que no mundo físico. “Hoje, esse tênis que são lançados para usar apenas no mundo digital esgotam em menos de uma hora. Em conceitos de tecnologias da especulação de oferecer o ‘compre rápido, se não vai acabar’”, ele exemplifica.

Gil termina sua palestra resumindo: “Se você teve alguma coisa no WWW, se você teve alguma coisa em alguma rede social, você terá um avatar no Metaverso. É o começo de tudo isso.

Giardelli dá espaço à Marcos Silva, que traz o Metaverso sob uma ótica filosófica e social. Ele aponta que a realidade virtual imersiva que é o Metaverso não é um conceito novo, porém, com o desenvolvimento tecnológico, o termo se incorporou à própria marca. “Enquanto novidade, o que me chama mais atenção, talvez como uma pessoa de humanidades, é aquilo que nos preocupa enquanto seres humanos”, explica ele, na abertura da palestra. “Eu faço uma distinção daquilo que é sintético, o metarveso, aquilo que acontece no metaverso, e aquilo que acontece no mundo orgânico. A gente está tentando conciliar esses dois mundos, algo que não é muito difícil, é uma conciliação perfeita, possível e concreta, mas a gente ainda não se questionou que tipo de humano está ficando para trás à medida que esse outro ser humano tá entrando nesse outro universo.”

Marcos utiliza a Fita de Moebius para fazer uma analogia ao Metaverso, onde a fita representa as realidades que podem se comunicar dentro de um mesmo espaço. “Antes disso, a gente se comunicava e transitava em um único espaço. Essa fita é tão importante que é usada em motores de carros e avião. O que a gente faz? Nós usamos os dois lados da fita para que um lado não fique mais gasto do que o outro. O que o Metaverso propõe é que a gente possa se comunicar com duas realidades possíveis, para que uma não seja gasta de maneira mais rápida. Para que a gente consiga tirar proveito das duas realidades.”

O professor traz para a palestra o questionamento quem vai e quem fica e quais são as realidades que as pessoas levam para o Metaverso e quais são deixadas no mundo real e concreto. “Talvez o que a gente tem que se perguntar é se chegou o momento de a história do humano ser repensada e se esse humano não precisa necessariamente da presença física e não precisa de corpo.”

Marcos questiona o que está dentro e o que está fora dessas realidades e qual a carga moral que ela carrega. Ele pontua qual o marco civil da internet e quem está dentro dele.

Regina Monge explica os sistemas da neurociência e quais os instintos que ela representa, pontuando sua capacidade de compreender e aprender. Ela explica que existem dois sistemas. O um, representa o aprendizado, já o sistema dois, representa o que fazemos automaticamente, sem, necessariamente, precisar pensar nos nossos atos. A profissional ponta como funciona o conceito do metaverso e a responsabilidade de quem utiliza a nova tecnologia nos negócios.

Qual metaverso, nós, profissionais de comunicação e marketing, vamos construir? Porque é fácil falar que o metaverso é um caos, é um ambiente hostil, mas somos nós que estamos ali tomando decisões de marca, tomando decisões de investimentosRegina explica. “A neurociências no traz que, como o sistema límbico é onde acontecem as decisões, nós podemos criar experiências de marcas já pensando nesse sistema. Podemos fazer de forma que atinja primeiro esse sistema.

Regina explica como fazer o marketing pensando na forma como funciona a mente das pessoas. No metaverso, essas informações são recolhidas para utilizando os sentidos, principalmente o visual e auditivo, para criar um ambiente imersivo. “É preciso evoluir isso em outros sentidos também. Quais empresas serão construídas e destruídas? Que ponto, nós, profissionais, olhando para os nossos negócios, e vendo esse mundo a frente, quanto tempo eu tenho para transformar meu negocio e entender esse novo mercado?”

Após a palestra de Regina, o painel abriu para as perguntas dos convidados. Todo o debate criado a partir da palestra foi transmitido, na integra, no canal do Youtube da Mega Brasil e já está disponível para assistir.

Sob a temática central “Diversidade, Conectividade, Credibilidade – A Era da Comunicação Transformadora”, o Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas chega à sua 25ª edição, sob a e marca o retorno do evento presencial.