Por Rose Campos
13 de Fevereiro de 2023 | 10h00
Essa semana, em uma mensagem trocada via zap, que discorria sobre os rumos da vida, chamou a minha atenção o parágrafo que abordava sobre o “encerrar de ciclos e o poder do agora”. Isso me fez refletir sobre os ciclos de vida e a gratidão pelos momentos vividos, afinal o que são os ciclos de vida?
Bem, podemos definir que o nosso período de existência se encontra dividido por fases ou ciclos de existência, que são: a infância, a adolescência, a idade adulta e a velhice, contidas neste ciclo que, por sua vez, possui duas grandes e inseparáveis certezas: a do nascimento e da morte.
Sendo assim, os ciclos de existência possuem como principal função a de servir como ponte para o nosso crescimento e a nossa evolução, aprimorar nosso desenvolvimento como indivíduos e, acima de tudo, aperfeiçoar nossa capacidade de superar obstáculos e limites, que o ciclo da vida nos impõe.
A partir desse meu simples raciocínio questionei sobre o que, talvez, estivéssemos chamando de “fechamento de um ciclo” (período ou momento vivido) e se esse ciclo não estaria relacionado ao valor da “gratidão pelo momento vivido” e, portanto, pela amplitude sobre o poder (sem esperar nada mais em troca) do agora.
Não teria como deixar de fora o meu agora, o meu momento de ser, que busca por uma maior reflexão sobre o (velho) poder da Comunicação, porém hoje com novos ingredientes ou diria, com novas roupagens. Digo isso porque o poder e alcance da Comunicação e seus alvos sempre foram vistos e observados, porém, não assimilados e ou decodificados pela maioria planetária.
O ciclo de vida e suas roupagens desembarcam no presente para introduzirem em nossa Comunicação, tanto pessoal como empresarial, letrinhas, que em alguns momentos até parecem sopas. São tantos códigos e siglas para nos obrigar a ser (o que deveríamos ser naturalmente) sustentáveis. Porém, uma dessas sopas parece que navega com tranquilidade (ou necessidade) sobre as demais e, assim, nos obriga a entendê-la: ESG ou ASG.
Bem, prefiro ASG!
A partir desse momento começo a fazer analogias entre o Ser e o Ter, nada de ruim se bem compreendido. Pois bem, já que falamos em ciclo, tudo na vida possui o seu. Um produto possui o seu ciclo: desenvolvimento (gestação) introdução (nascimento), crescimento, maturidade e declínio... Todas as fases requerem muita atenção. Algumas mais do que as outras, até mesmo pelo momento de euforia, mas é na maturidade que se concentra o equilíbrio de tudo. Até mesmo para o momento de se encerrar um ciclo.
E é sobre esse equilíbrio que estamos falando, navegando e tentando nos encontrar, pois, ao contrário do que muitos pensam, a maioria de nós se encontra perdida sobre os rumos que irão tomar para conduzir com maestria, respeito e desenvolvimento as suas vidas e as vidas de outros atreladas a seus negócios... Então nos damos conta da importância (e até imensidão) do nosso ciclo de vida e dos “valores” atrelados a esse ciclo.
Essa sopa de letrinhas deve, portanto, ser compreendida e jamais recusada, talvez, por um paladar não tão bom de ser ingerido, mas por termos a certeza de seu valor e poder nutricional, ou seja, o mundo passa por uma nova fase ou período onde assistimos transformações ocorrerem sobre nossas vistas... é tudo muito rápido! Porém, Gaia, a nossa mãe terra, diz aos homens: Observem o meu ciclo e repensem sobre o agora, pois, caso contrário, o futuro não haverá. Pelo menos comigo!
Retornando ao meu princípio, ou seja, aos rumos da vida que chamou a minha atenção sobre o “encerrar de ciclos e o poder do agora”, concluo que precisamos uns dos outros para continuarmos nessa escalada de desenvolvimento e isso quer dizer que, o que muitos viam como retrocesso, agora, mais do que nunca, é aprendizado. Os povos tradicionais têm muito a ensinar para a continuidade da espécie e com desenvolvimento, mas, para isso, aquelas três letrinhas mencionadas acima, precisam ser entendidas, ingeridas e ecoadas por todos e em todos os seus patamares hierárquicos.
Por momentos, essa fala ou reflexão, pode até parecer antagônica, mas não é, pois o chamado agora não é nosso é dela e ela quem está dando o sinal de seu cansaço... de seu esgotamento. Romântico, diria alguns! Com romantismo, diriam outros! A verdade é que usando linguagens metafóricas, românticas ou dolorosas, uma verdade é fato: ou encaramos os contos, que até parecem de fadas, onde o homem pilota um foguete e ganha o espaço e quer povoar outros planetas, pois conhece os limites do seu, ou nos unimos para reverter essa saída e não a do desenvolvimento, a fim de não entrarmos em um ciclo sem saída.
Rose Campos
Jornalista, Mestre de Cerimônia, Ass. de Comunicação e Sustentabilidade e Apresentadora do Programa Ecos do Meio na Rádio/TV Mega Brasil.